Caso Beatriz: Mãe de menina crê que acusado mentiu sobre motivação
Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, morta aos 7 anos dentro de uma escola em Petrolina (PE), afirmou que duvida da motivação dada pelo acusado do crime, que afirmou ter matado a menina após ela gritar ao vê-lo, mesmo com o homem pedindo silêncio.
A mulher disse acreditar que Marcelo da Silva realmente cometeu o assassinato, mas defendeu que a filha não reagiria à abordagem da forma descrita por ele à polícia. O homem, que já está preso desde 2017, foi identificado por DNA e confessou o homicídio.
"Ela não faria isso. Beatriz não iria confrontá-lo, mesmo que ele estivesse com uma arma na mão. Ela é muito inocente, ela não se sentiria em um lugar de risco. Eu tenho convicção de que Beatriz foi beber água e ele abordou ela de forma brusca e tirou a vida dela", declarou Lucinha em entrevista ao Fantástico, exibida ontem.
Na ocasião em que a polícia anunciou a identificação do responsável pelo assassinato, cometido em dezembro de 2015, a mulher chegou a fazer uma live no Instagram cobrando "outros elementos" para provar a autoria do crime.
Depois, após uma coletiva de imprensa na SDS (Secretaria de Defesa Social) detalhando o caminho do teste de DNA que levou ao investigado, ela se mostrou mais tranquila, mas voltou a cobrar mais provas no processo.
Homem quer "pedir perdão" para mãe de Beatriz
Segundo a advogada Niedja Mônica da Silva, que representa o réu confesso, Marcelo diz estar arrependido do crime e quer pedir perdão para a mãe da criança.
De acordo com declarações da defesa à Rede Globo, o réu chora sempre que fala sobre o caso e deseja pagar pelo crime que cometeu.
"Ele disse que quer ver a mãe [da menina] para pedir perdão", afirmou Niedja ao se referir a Lucinha Mota. "Ele disse que foi de uma monstruosidade muito grande e quer pagar pelo que fez."
Depois que ele viu o drama da mãe, ele disse que quis contar [que foi ele] para aliviar o coração dela, para ficar em paz. Ele usa essa expressão: 'Eu quis aliviar o coração dela para ela ficar em paz. Que realmente o culpado sou eu'.
Niedja Mônica da Silva, advogada do réu Marcelo da Silva
Niedja assumiu o caso depois de procurada por parentes de Marcelo.
"Como ele é réu confesso, eu estou aqui para fazer com que a lei seja cumprida. O meu compromisso é com o processo", disse ela. "A gente aqui está para defender os direitos. Como ele repetiu as mesmas coisas duas vezes, creio realmente que foi ele quem fez."
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