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SP: Metroviários descartam greve nesta terça, mas podem parar no dia 16

Sindicato dos Metroviários fez assembleia de forma híbrida na noite de hoje [Foto de Arquivo] - Sindicato dos Metroviários/Divulgçação
Sindicato dos Metroviários fez assembleia de forma híbrida na noite de hoje [Foto de Arquivo] Imagem: Sindicato dos Metroviários/Divulgçação

Do UOL, em São Paulo

07/02/2022 22h20

Em assembleia realizada nesta segunda-feira (7), metroviários de São Paulo descartaram iniciar greve prevista para hoje e decidiram acatar uma "cláusula de paz" proposta pela Justiça após uma reunião de conciliação entre a categoria e o Metrô de SP.

A cláusula de paz assinalada pela Justiça pedia que a categoria se mantivesse apenas em estado de greve durante as negociações, sem paralisar as atividades até a próxima audiência entre as duas partes, marcada para o dia 15 de fevereiro às 14h30.

Reivindicações da categoria

O sindicato dos metroviários de SP está em estado de greve desde 21 de janeiro e reivindica o pagamento na Participação dos Resultados da empresa, que, segundo a categoria, deveria ter sido feito até o dia 31 de janeiro por determinação judicial.

"O metrô está propondo que os cargos de chefia recebam mais do que os demais metroviários. Não só em valor, mas também nos critérios. Com isso, os trabalhadores metroviários de todas as funções receberiam agora R$ 2.037, enquanto um diretor da empresa receberia R$ 20 mil", explica Wagner Fajardo, um dos coordenadores da categoria, em entrevista ao UOL.

Eles também apontam uma desigualdade no salário de pessoas que cumprem as mesmas funções na instituição, que, de acordo com a categoria, chega a ter 60% de diferença. Os metroviários também apontam o acúmulo e desvio de funções e pedem o pagamento do desconto de horas retiradas durante manifestações na campanha salarial de 2021.

"[As horas] foram devolvidas para uma parte da categoria, mas para outra se manteve o desconto, o que não se justifica, porque foram áreas que não tiveram seus trabalhos prejudicados", apontou o coordenador.

A votação realizada na noite de hoje foi iniciada após uma reunião de conciliação entre advogados da categoria e o Metrô, que terminou com a proposta de pagar uma parcela fixa de R$ 2,5 mil para todos os trabalhadores metroviários, exceto os engenheiros, que têm sindicato próprio.

A negociação também previu a devolução dos valores descontados dos trabalhadores no período de campanha salarial e estipulou um prazo de 60 dias para que o Metrô apresentasse uma minuta com proposta para garantir a isonomia salarial da categoria.

O juiz também sugeriu que o debate sobre acúmulo de funções fosse feito por ofício à parte.

Além da proposta do Tribunal, o Metrô de São Paulo também apresentou uma proposta, que chegou à categoria durante a assembleia. Ela aumentaria a PR para R$ 2,5 mil e diminuiria o percentual do recebido por chefes, que continuariam a receber mais do que os outros funcionários de PR.