Caso Henry: Jairinho 'só se acalmava' com ritual no sexo, diz Monique
A pedagoga Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, comparou as relações sexuais com o ex-vereador Dr. Jairinho a um ritual e explicou que a personalidade controladora do ex-parceiro também se manifestava nos momentos íntimos.
Ela relatou que o sexo era usado como uma forma de resolver as brigas constantes do casal. "A gente resolvia sempre as brigas na hora de namorar, porque eu ficava com medo. E aí resolvia as brigas dessa forma", relatou para a juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal.
O casal é acusado de matar o menino Henry Borel, de 4 anos, no apartamento do casal na Barra da Tijuca, em 8 de março.
Antes de começar a detalhar as relações sexuais, Monique chegou a perguntar para a magistrada se poderia falar sobre o assunto. "A senhora pode falar tudo que quiser", disse a juíza.
Na sequência, a pedagoga disse que o ritual no sexo envolvia agressões.
"Todas as vezes que nós namorávamos era como se fosse um ritual. Era ele em cima de mim, não existia outra posição, que a gente pudesse fazer. Ele sempre me enforcando, sempre me mandando eu dizer que ele era o único homem da minha vida, que eu nunca tinha transado com outro homem, que eu nunca tinha gozado com outro homem, que eu nunca tinha feito nada com outro homem e ele me obrigava a dizer isso até ele completar o que tinha que completar", contou a pedagoga.
"Isso todas as vezes. Não existia outra posição, outra maneira. Não podia ser no sofá, não podia na cozinha, no tapete, no chão. Era sempre na cama, em cima de mim me enforcando, não de modo que eu estava sendo torturada, mas como se fosse uma posse, um controle até na hora de estar namorando comigo", complementou.
A professora contou que, para Jairinho, aquele momento era considerado o "ápice". Monique reconheceu que achava tudo muito estranho e que dizia a Jairinho que ela já tinha sido casada, era mãe e que nada naquilo fazia sentido. No entanto, ela disse que ficava receosa de se negar a fazer o que Jairinho pedia.
'Acordei sendo enforcada por Jairinho'
Monique também relatou à Justiça episódios em que Jairinho se mostrou agressivo, controlador, ciumento e possessivo. Em ao menos duas ocasiões, o acusado de matar a criança enforcou a então companheira, segundo contou Monique.
Um dos relatos narra uma agressão por parte de Jairinho —ocasião em que, segundo ela, o ex-vereador a enforcou na cama enquanto ela dormia ao lado do filho.
De acordo com Monique, a agressão aconteceu em novembro de 2020 —no mês seguinte ao início do namoro— após Jairinho invadir seu celular para ler mensagens que ela trocava com Leniel Borel, pai do menino.
Monique relatou que, em outra ocasião, decidiu sair de casa depois que as brigas começaram a ser constantes.
"A gente começou a ter muitas brigas, não queria que meu filho presenciasse isso. Em uma deles, ele me enforcou de um cômodo ao outro, dizendo que eu não poderia ir embora."
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