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Bebês trocados em maternidade há mais de um mês são entregues às mães em GO

Mães destrocaram bebês na delegacia - Reprodução/TV Globo
Mães destrocaram bebês na delegacia Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

09/02/2022 15h21Atualizada em 09/02/2022 15h21

As mães de dois bebês que nasceram no final de dezembro na maternidade do Hospital São Silvestre, em Aparecida de Goiânia (GO), destrocaram seus filhos depois que exames de DNA comprovaram que os dois foram identificados de forma incorreta logo após o nascimento, sendo entregues ao pais errados.

Junto a seus companheiros, as duas foram na tarde de ontem até a 2ª Delegacia Regional da Polícia Civil para a abertura oficial dos exames, feita pela delegada Bruna Coelho. Ela contou ao UOL que as mães precisaram de algum tempo para se recuperar após confirmarem as suspeitas da troca de bebês.

"Ontem nós recebemos o resultado dos DNAs, foram feitos dois tipos: o linear, da mãe que saiu com o bebê, e do cruzado, de cada mãe com o outro bebê, pra saber de fato se elas eram mães dos outros bebês, o resultado foi que realmente aconteceu a troca na maternidade, que os bebês estavam com as mães trocadas"

Com a confusão sobre a troca resolvida, a investigação na Polícia Civil de Goiás segue. A delegada conta que está na fase de finalização do inquérito, com apenas o depoimento de uma testemunha pendente, e que apura a responsabilidade do hospital sob o artigo 229 do ECA, que prevê pena de seis meses a dois anos de detenção para o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de saúde que deixe de identificar corretamente o recém-nascido e a mãe durante e após o parto, assim como deixar de realizar os exames obrigatórios após o nascimento.

Elas receberam a notícia com bastante emoção, foi muito comovente, elas ficaram bastante abaladas psicologicamente. Tanto que após o resultado elas precisaram de um tempo pra digerirem aquele resultado, absorverem aquela situação, e depois de cerca de 1 hora elas conseguiram trocar os bebês, ainda bastante abaladas, e foram para suas respectivas casas.

O UOL tenta contato com a advogada que representa o hospital São Silvestre, Luciana Castro Azevedo, mas ainda não obteve retorno. Ontem, à imprensa, ela declarou que "nunca tinha acontecido nada parecido [no hospital], nada similar, e vai continuar na conduta de sempre reciclar todos estes funcionários. O que aconteceu foi uma fatalidade, uma infeliz fatalidade". A declaração foi reproduzida pelo "Jornal Nacional", da TV Globo.