Defesa de Jairinho pede à Justiça afastamento da juíza do Caso Henry Borel
Os advogados do ex-vereador Dr. Jairinho, acusado de ser o responsável pela morte do enteado, o menino Henry Borel, informaram hoje ter pedido à Justiça do Rio de Janeiro a suspeição da juíza Elizabeth Machado —o objetivo é obter o afastamento da magistrada do caso.
O advogado Cláudio Dalledone Júnior enviou um documento de arguição de suspeição à 2ª Vara Criminal do Rio, alegando indícios de parcialidade da magistrada. "Se necessário for, iremos aos tribunais superiores. Não deixaremos que um inocente pague pelo que não fez", disse ele em entrevista à imprensa na manhã de hoje em um hotel em Copacabana, na zona sul carioca.
O advogado citou a presença da juíza no lançamento de um livro, da jornalista Paola Serra, que aborda as investigações da morte da criança; fotos tiradas com manifestantes que pedem a condenação de Jairinho e Monique Medeiros, mãe da criança, e declarações emocionadas sobre o julgamento.
Segundo o advogado, não há provas de que o menino tenha sido assassinado. "A materialidade não está comprovada no caso Henry Borel (...). Nós temos tecnicamente a certeza da ausência absoluta de materialidade a indicar que aquela criança tenha sido assassinada."
Os advogados de Jairinho foram novamente trocados no decorrer do processo.
A reportagem do UOL procurou a juíza Elizabeth Louro, por meio do Tribunal de Justiça do Rio, sobre o pedido de suspeição. A assessoria de imprensa do Tribunal informou que não comenta decisões judiciais.
'Meu filho é inocente', diz pai de Jairinho
O pai de Jairinho, o deputado estadual Coronel Jairo, também falou ter convicção da inocência do filho.
"Tenho a certeza absoluta que Jairinho é inocente. Jairinho é um doce. Tem três filhos e jamais tocou em nenhum deles. Minha convicção é tão forte da inocência do meu filho e eu fui tolhido de falar durante oito meses pelos antigos advogados. A estratégia deles prejudicou a nossa defesa."
Coronel Jairo questionou a ausência de investigações sobre o pai da criança, Leniel Borel. Ele afirmou que o engenheiro não era um pai presente na vida de Henry e enfatizou que a criança foi entregue vomitada à mãe na noite da morte. Ao longo do inquérito, a Polícia Civil não viu qualquer indício de envolvimento de Leniel na morte do filho.
Coronel Jairo ainda questionou o trabalho da Polícia Civil do Rio.
"É uma dedução do delegado, não há indícios de autoria. Jairinho é inocente [...] Tem coisas estranhíssimas nesse inquérito. Primeiro que a criança é entregue toda vomitada e ninguém investigou isso."
O pai do ex-vereador lembrou ainda que o corpo de Henry não continha marcas de lesões durante a ida dele para o hospital.
Jairinho e a ex-companheira Monique Medeiros são acusados pela morte de Henry.
O menino morreu no dia 8 de março em decorrência de hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, de acordo om o laudo produzido pelo IML (Instituto Médico-Legal). O documento cita ainda a existência de 23 lesões no corpo do menino.
O julgamento do casal está na fase de audiência de instrução, quando as testemunhas são ouvidas.
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