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PE: 60 alunos têm intoxicação alimentar após comer merenda de escola

Caso foi registrado em escola pública do Cabo de Santo Agostinho - Pedro Menezes/Secretaria de Educação de Pernambuco/Reprodução
Caso foi registrado em escola pública do Cabo de Santo Agostinho Imagem: Pedro Menezes/Secretaria de Educação de Pernambuco/Reprodução

Lorena Barros

Do UOL, em São Paulo

30/03/2022 20h33Atualizada em 30/03/2022 20h33

Sessenta alunos de uma escola estadual do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, tiveram uma intoxicação alimentar na tarde de hoje após comer a merenda servida no local.

O caso foi registrado na Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, que tem 490 estudantes. As primeiras pessoas teriam começado a passar mal logo depois do almoço, que terminou às 13h.

Uma estudante da instituição que estava no local conversou com o UOL e contou que o cardápio do dia era arroz carioca, feijão macassar, salada e galinha ao molho. Segundo a jovem, a proteína era o alimento que apresentava um cheiro desagradável no momento em que era servida.

"Quando você chegava perto de onde as tias serviam o almoço dava para sentir um cheiro meio duvidoso, mas, como uso duas máscaras, pensei 'talvez não seja isso'. Quando sentei para almoçar veio uma amiga e falou que a galinha estava com um gosto meio estranho", conta a aluna, que pediu para não ser identificada.

Com o relato da colega, ela provou a carne e disse que a princípio não sentiu um gosto ruim. "O primeiro pedaço estava normal, mas do segundo pedaço para frente começou a ficar um gosto estranho, como se estivesse meio misturado, porque tinham uns pedaços que estavam com gosto normal e outros que estavam com um gosto muito estranho", disse.

Pouco tempo após terminar a refeição, a aluna começou a ver colegas narrando problemas com a comida. "O pessoal começou a falar que tinha uma menina passando mal. Aí foi aumentando, aumentando e quando deu umas duas e pouco (14 h) já tinha muita gente passando mal perto da secretaria e esperando os pais", recorda.

A situação causou uma aglomeração de pessoas no piso térreo da escola. "A reação das pessoas na escola foi resumida em desespero, foi literalmente isso. No decorrer da tarde as pessoas começaram a aparecer passando mal, começou a gerar um pânico", conta. Ela diz que só teve noção da gravidade da situação quando as primeiras ambulâncias chegaram.

Ao todo, 10 alunos precisaram ser levados a hospitais da região por equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco informou que o Samu e os pais dos alunos foram acionados assim que foi tomado conhecimento de que os estudantes estavam passando mal. Eles também teriam prestado os primeiros socorros no local.

O órgão disse que a produção dos alimentos é diária e informou que enviou uma equipe de nutricionistas para coletar amostras da refeição e colher informações sobre os sintomas dos estudantes.

"A pasta esclarece ainda que a alimentação escolar passa por uma avaliação nutricional rigorosa antes de ser servida aos estudantes e a produção é diária. Inclusive, periodicamente, os alunos se submetem a aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade", informa trecho da nota.