'Situação foi normalizada', diz secretário do PR após ataques em Guarapuava

O secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Rômulo Marinho Soares, afirmou hoje em entrevista coletiva que a situação em Guarapuava, a 250 km de Curitiba, está normalizada, após ação de criminosos que invadiram a cidade para tentar assaltar uma transportadora de valores. A ação da quadrilha resultou em três pessoas feridas, sendo dois militares e um morador.

"O episódio que aconteceu ontem foi um episódio anormal, a população não esperava tantos tiros", declarou. "Hoje pela manhã, já informamos ao prefeito que a situação estava controlada e, neste momento, a situação em Guarapuava está normal".

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Segundo o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, a orientação é de que a população mantenha a tranquilidade e que a rotina da cidade continue normalmente. Apesar disso, moradores relatam que permanecem com medo.

"A orientação é para que mantenham a tranquilidade, a área está bem policiada, só sairemos daqui quando tudo estiver tranquilo. Qualquer movimentação suspeita, liguem para a polícia, franqueiem a entrada do policial para que constatem a normalidade, e que a rotina da cidade continue normal", disse.

As autoridades informaram que os agentes da polícia nas buscas pelos criminosos na área rural da cidade. Ninguém foi preso até o momento. As forças de segurança estimam que o ataque tenha sido conduzido por 30 pessoas em cerca de pelo menos sete veículos. Seis carros chegaram a ser abandonados na área rural.

De acordo com o comandante os criminosos também teriam abandonado armas de fogo, metralhadoras, fuzis e capacetes balísticos durante a fuga.

"Alguns estão feridos, temos marcas de sangue nos veículos e nas ruas, e os cães farejadores já localizaram onde estão. Estamos pedindo que as pessoas que moram na região atendam aos policiais, eles estão autorizados a bater de porta em porta", avisou.

Assalto frustrado

As autoridades ainda informaram que a quadrilha não conseguiu entrar na transportadora e que nada foi levado. Eles disseram que não têm informação sobre ninguém ter sido feito de refém até o momento, apesar de existir vídeos circulando nas redes sociais.

O comandante ressaltou que a polícia local estava preparada para um ataque como esse, após os crimes semelhantes que aconteceram em Criciúma (SC) e Araçatuba (SP). "Havia indicativo que nosso estado poderia ser alvo desse tipo de crime", revelou.

Segundo ele, os policiais conduziram com sucesso o plano de contingência, que era de levar a quadrilha até a área rural da cidade. Ele afirmou que não houve confronto entre a polícia e os criminosos na área urbana.

A entrevista coletiva foi transmitida pelas redes sociais da prefeitura. Espectadores que diziam morar na cidade desmentiam as falas do secretário, dizendo ter ouvido tiros próximos. Vídeos publicados em redes sociais também mostraram disparos sendo efetuados durante a ação criminosa. Os comentários foram desativados durante a transmissão.

De acordo com a Protege, empresa de segurança que atua no município, a ação visava o cofre da empresa de sua base operacional, mas não teve sucesso. "Nos últimos anos, robustos investimentos e aplicação de novas tecnologias ampliaram ainda mais os rígidos padrões de segurança adotados pela empresa o que, certamente, contribuiu para o insucesso da ação criminosa". A empresa disse ainda colaborar com as autoridades e que "reconhece o relevante trabalho das forças de segurança no enfrentamento ao bando de criminosos que atacou a cidade".