Bêbado, homem se passa por delegado e faz ameaças com arma em bar do DF
Um homem de 32 anos foi preso após se passar por delegado e ameaçar outras pessoas em um estabelecimento comercial na Asa Norte, em Brasília. O advogado Felipe Lopes Franca estava no complexo Mané Mercado Vírgula na quinta-feira (14) quando foi detido pelos militares. Em audiência de custódia, ele foi solto e deverá cumprir medidas cautelares.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, Felipe estava ameaçando e coagindo frequentadores do local com uma arma. Ele teria exposto o objeto, preso à cintura, a um coordenador de segurança. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, questionou em privado se Felipe estava armado. No entanto, não obteve resposta.
Ainda, segundo os registros, Felipe teria acompanhado o homem falando "coisas desconexas". A polícia indica que, no momento da abordagem, ele estava "muito alcoolizado". Ao ser questionado novamente se estava armado, Felipe afirmou que não, porém, o policial observou que ele tinha uma arma na cintura.
O agente verificou que o armamento era uma pistola calibre 9 milímetros com 17 munições intactas. Felipe, até então, se apresentava falsamente como delegado da Polícia Federal para as testemunhas. No entanto, ao policial, ele afirmou que era advogado e "CR" — uma sigla desconhecida pelo agente.
Felipe apresentou ao policial o registro da arma, no entanto, ele não tem o porte, ou seja, a autorização para andar armado. Ele foi informado que seria conduzido para a delegacia e começou a xingar os policiais. Desta forma, recebeu voz de prisão, mas tentou impedir o algemamento se debatendo e se jogando no chão.
Apesar da resistência, Felipe foi conduzido à 5ª DP, onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo, falsa identidade e desacato.
Segundo informações do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios), a Defensoria Pública do Distrito Federal representa Felipe na ação. O UOL entrou em contato com o órgão para posicionamento, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
A reportagem também tentou contato com o Mané Mercado. O espaço segue aberto e será atualizado assim que houver novas informações.
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