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Homem que tentou golpe de R$ 6 mil em bar é liberado sem pagar fiança

Além de garrafas de uísque, conta de Ruan incluía porções de picanha, 20 latas de energético e duas garrafas de champanhe - Reprodução/Redes Sociais
Além de garrafas de uísque, conta de Ruan incluía porções de picanha, 20 latas de energético e duas garrafas de champanhe Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/04/2022 11h28

A Justiça de Goiás concedeu ontem à noite liberdade provisória a Ruan Pamponet Costa, 28, que fingiu passar mal em um bar de Goiânia para não pagar uma conta de quase R$ 6,3 mil e acabou sendo preso em flagrante.

A decisão foi expedida pela juíza Maria Antônia de Faria, do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás), sob justificativa de que Ruan não tinha "condições financeiras" para pagar a fiança, fixada em R$ 10 mil por uma outra magistrada, no sábado (16).

Em consulta do site JusBrasil, o UOL descobriu que Ruan é suspeito de ter praticado golpes em pelo menos oito estados diferentes. No total, há ao menos 41 processos envolvendo o nome dele.

"A prisão provisória é medida extremada, cerceadora do direito de liberdade do cidadão, e que, por esta razão, só poderá ser decretada ou mantida pelo juiz quando satisfatoriamente comprovados os requisitos exigidos em lei", disse a juíza, na decisão.

A juíza defendeu que, tendo em vista a condição financeira de Ruan, que se declara como barman, e o fato de ele estar sendo acompanhado pela Defensoria Pública de Goiás, não se faz necessária a prisão preventiva "neste momento".

Na decisão, a juíza pontuou que, para a liberdade provisória ser mantida, Ruan deve se comprometer "a comparecer a todos os atos do processo" quando solicitado, além de cumprir os seguintes requisitos:

  • comparecer mensalmente em juíza para informar e justificar atividades (até o dia 10 de todo mês);
  • permanecer em casa no período noturno nos dias em que estiver de folga do trabalho;
  • não se aproximar de testemunhas e/ou vítimas com o fim de intimidá-las;
  • não frequentar bares, prostíbulos e locais de "má fama", de modo que novas infrações não sejam cometidas;
  • manter endereço domiciliar atualizado nos autos do processo

Se passando por jogador de futebol, Ruan tentou dar um golpe em um bar no bairro Marista, um dos mais valorizados de Goiânia, entre a noite da sexta-feira (15) e sábado (16).

De acordo com relato do proprietário do estabelecimento à Polícia Civil, Ruan chegou ao bar acompanhado de um amigo e algumas mulheres. Em somente duas garrafas de uísque, ele teria que pagar quase R$ 3 mil.

Na madrugada de sábado, o amigo e as mulheres saíram do bar, deixando-o sozinho. Em seguida, Ruan "começou a se debater como se estivesse com convulsão", segundo o proprietário.

Prontamente, os Bombeiros foram chamados para atender ao rapaz, mas logo constataram que o homem estava fingindo um mal-estar. Em seguida, um funcionário o questionou sobre a conta, no que ele teria dito: "pode chamar a polícia, não vou pagar, não".

Na delegacia, Ruan se recusou a prestar depoimento, fornecer o nome correto e assinar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), sendo preso em seguida.