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Suboficial da Marinha é morto a tiros no RJ; 'Assassinato covarde', diz PM

Suboficial da Marinha é morto a tiros no RJ - Reprodução de vídeo
Suboficial da Marinha é morto a tiros no RJ Imagem: Reprodução de vídeo

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

20/04/2022 09h18

Um suboficial da Marinha foi morto a tiros durante um assalto na noite de ontem, no Elevado Paulo de Frontin - via movimentada que dá acesso ao Túnel Rebouças, que liga a zona norte à Lagoa Rodrigo de Freitas e ao bairro Jardim Botânico, na zona sul do Rio. Um PM que passava pelo local trocou tiros com os assaltantes e foi ferido.

Fábio Rafael Lima da Costa, 42, estava de uma moto na região quando foi abordado por três criminosos. Segundo a PM, ele reagiu e foi executado. Um vídeo gravado no local mostra que mesmo após cair ferido no chão, um dos criminosos dispara ao menos quatro vezes contra o suboficial da Marinha.

Os tiros ocorrem quase à queima-roupa e na frente de vários outros motoristas — o UOL optou por não reproduzir o vídeo, por causa de seu teor forte.

O porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, disse ao UOL que os bandidos envolvidos no assalto pertencem a uma quadrilha que atua em roubo e furto de veículos.

Foi uma ação extremamente cruel, um assassinato covarde. As informações preliminares dão conta que esses bandidos pertencem a uma quadrilha que pratica roubos e furtos. Policiais das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora] fazem buscas nas comunidades próximas ao local. Em outras ocasiões, esses veículos roubados já foram encontrados nas comunidades do São Carlos e Morro dos Prazeres [comunidades da região].

A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante a ocorrência, um policial militar que passava pela região trocou tiros com os assaltantes e acabou ferido no ombro.

Ele foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar, na zona norte, onde recebeu atendimento. Ele já recebeu alta e prestou depoimento à Polícia Civil.

'Vai virar estatística', lamenta cunhado

Rodrigo Soares disse que o cunhado morava em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, e trabalhava na Praça Mauá. Ele confirmou que o parente estava armado e que as informações dadas à família é que se trata de um latrocínio.

"A gente sabe que vai virar estatística, a gente vive numa selva, que nem existe um líder. Pelo menos entre os animais a gente sabe que é o leão, mas aqui a gente sabe que é o tráfico, os bandidos. Tô muito abalado", disse o cunhado, na manhã de hoje, no IML (Instituto Médico Legal) do Rio.

O militar deixa a esposa e dois filhos, de 14 e 4 anos.

Ele disse ainda que não sabia que o cunhado andava armado, mas que ele tinha todas as autorizações. "Ele era militar, tinha autorização. Se a segurança pública fosse eficiente, acredito que 90% das pessoas abririam mão desse benefício [uso da arma]."