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Oficiais da Marinha são investigados após adolescente ser baleada em motel

A adolescente de 15 anos foi atingida no rosto, dentro da Pousada Chamego, em Vigia (PA) - Reprodução/Google Maps
A adolescente de 15 anos foi atingida no rosto, dentro da Pousada Chamego, em Vigia (PA) Imagem: Reprodução/Google Maps

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL

25/04/2022 19h50

Dois oficiais da Marinha estão sendo investigados pela Polícia Civil do Pará, suspeitos de envolvimento no disparo que atingiu uma adolescente de 15 anos no rosto dentro de um motel na cidade de Vigia — eles ainda estavam na companhia de uma quarta pessoa, uma adolescente de 14 anos, que não ficou ferida. Um dos suspeitos foi preso e o outro deve ser ouvido nesta semana. A jovem se encontra em estado grave no Hospital Metropolitano de Belém.

Segundo o Conselho Tutelar, o caso ocorreu na quinta-feira (21). O órgão apurou com a polícia que as duas adolescentes estavam com os oficiais da Marinha na Pousada Chamego, mas as circunstâncias e a razão que levou ao tiro ainda estão sob investigação.

O Conselho Tutelar oficiou a polícia civil solicitando que tanto os suspeitos quanto o proprietário do estabelecimento sejam responsabilizados criminalmente. No caso deste último, por hospedar adolescentes sem consentimento da família. A adolescente mais jovem e seus familiares estão sendo acompanhados pelo órgão.

A Marinha do Brasil lamentou o ocorrido e informou que repudia condutas e atos ilegais que atentem contra a vida e a honra, além dos princípios militares. Reforçou que não tolera tal comportamento e que irá colaborar com os órgãos responsáveis pela investigação.

Em nota, a direção da Pousada Chamego lamentou o fato e disse que resguarda a manutenção da legislação vigente para proibir a entrada de menores de idade no recinto, mas que a situação foi atípica e que existem pessoas mal-intencionadas "que burlam o controle de acesso e que foge no ordinário à possibilidade de controle pelo estabelecimento comercial".

Reforçou ainda que seus representantes compareceram na delegacia para prestar esclarecimentos e se comprometeram em prestar depoimento quando intimados em juízo, além de colaborar para que toda a situação seja esclarecida e julgada nos termos legais.

O UOL tenta contato com os oficiais e suas respectivas defesas, mas até o momento eles não tiveram os nomes revelados pela Marinha ou pela Polícia Civil. O espaço segue aberto para manifestação e será atualizado tão logo seus representantes legais sejam localizados.

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