Corpo do médico que morreu em avião deve levar até 3 dias para ser liberado
A embaixada do Brasil em Doha, no Catar, informou a família do médico Glauto Tuquarre Melo, 49, que morreu dentro do avião em viagem de lua de mel, que o corpo do médico deverá ser liberado em pelo menos três dias. Já Lícia Dutra, viúva de Glauto, deve chegar ao Brasil amanhã.
Glauto morreu na madrugada de segunda-feira (25). Ele havia se casado no sábado (23) e fazia viagem internacional para as ilhas Maldivas, no Oceano Índico. Ele sentiu dores no peito, foi socorrido por dois médicos que estavam no avião, mas não resistiu e morreu, com suspeita de infarto fulminante. O corpo continua em Doha, aguardando a liberação.
A jornalista e amiga do casal, Aline Moreira, informou que foi feita uma mobilização de amigos, políticos e o governo do estado do Piauí junto à embaixada para a liberação do corpo.
"A embaixada informou que não tem como interferir nos protocolos do país para acelerar a liberação do corpo e que no prazo de três a quatro dias [o corpo] poderá ser liberado", afirmou Aline Moreira.
Os trâmites burocráticos são para investigar as causas da morte do médico.
"Ele é um estrangeiro e é preciso descartar todas as possibilidades. Uma perícia é feita para identificar as causas da morte do médico e só depois o corpo é liberado", adicionou Aline.
Por recomendação de amigos, a esposa de Glauto, Lícia Dutra Tuquarre, sairá antes do Catar e deverá chegar ao Brasil amanhã.
"Por ela estar vulnerável e sozinha em um país desconhecido, ela virá primeiro. Amigos e embaixada providenciam todos os tramites legais para o translado do corpo de Glauto ao Brasil", explicou a amiga.
O caso
Glauto havia se casado com a publicitária Lícia Dutra, que trabalha com projetos sociais da TV Clube, afiliada da Globo no Piauí.
A cerimônica ocorreu no sábado (23), em Teresina (PI). Eles embarcaram em São Paulo e fariam uma conexão em Doha, capital do Catar, antes de chegar às Maldivas, um arquipélago no Oceano Índico famoso por suas praias e recifes.
Natural de Manaus, no Amazonas, ele pesquisava o impacto da depressão no reaparecimento do câncer de mama. Ele estava no primeiro ano de doutorado na Universidade Federal do Piauí (UFPI), instituição em que se formou em 1996.
Morando em Teresina há cerca de 20 anos, Glauto se formou em medicina e se especializou em oncologia. Fez mestrado sobre câncer colorretal.
Desde então, trabalhou em diversos hospitais, entre eles, em Caxias (MA), onde é concursado, em Teresina e em Parnaíba. Foi professor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e atualmente fazia plantão em hospitais públicos e era sócio em uma clínica oncológica na capital piauiense.
Glauto Tuquarre Melo deixa a esposa e uma filha de 11 anos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.