Topo

STJ mantém prisão preventiva de Flordelis

Ex-deputada federal, Flordelis perdeu mandato em agosto do ano passado - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Ex-deputada federal, Flordelis perdeu mandato em agosto do ano passado Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Do UOL, no Rio

26/04/2022 17h48

A ex-deputada federal Flordelis teve um habeas corpus negado por unanimidade hoje pela Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e continuará presa. Ela é acusada de participar do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Flordelis está em prisão preventiva desde agosto de 2021 e será julgada no Tribunal do Júri no dia 9 de maio, quando pode ser condenada ou absolvida. A ex-deputada teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados na mesma época.

O relator do habeas corpus, o ministro Antônio Saldanha Pinheiro, argumentou que a prisão foi fundamentada e chamou o caso de peculiar. Flordelis foi denunciada por ordenar a morte de Anderson e manter uma associação criminosa com seus filhos, netos e filhos afetivos.

O ministro também destacou que Flordelis descumpriu medidas protetivas, como o uso de tornozeleira eletrônica. Todos os outros ministros acompanharam o voto.

Anderson do Carmo controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, a denominação evangélica que era comandada pela família —formada pelo casal e mais de 50 filhos adotivos.

Filho foi absolvido neste mês

O Tribunal de Júri de Niterói (RJ) decidiu absolver Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho adotivo da ex-deputada federal Flordelis, no último dia 13. Ele era acusado de homicídio triplamente qualificado e de tentativa de homicídio contra o pastor Anderson.

Carlos Ubiraci e outros três réus foram condenados por uso de documento falso e associação criminosa armada por se envolveram na elaboração de uma falsa carta onde Lucas Cézar dos Santos, outro filho adotivo de Flordelis, assumiria toda a culpa pela morte de Anderson, então marido da política e pastora evangélica.

A absolvição de Carlos Ubiraci —que também é pastor evangélico— foi pedida pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que entendeu não haver provas suficientes de seu envolvimento no assassinato de Anderson e na tentativa de envenená-lo. Por isso, a Promotoria de Justiça junto à 3ª Vara Criminal de Niterói informou que não pretende recorrer da decisão.