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Vereador de SP é detido por PMs durante evento de 1º de maio

O vereador de São Paulo Marcelo Messias (MDB-SP) - Reprodução/ Youtube
O vereador de São Paulo Marcelo Messias (MDB-SP) Imagem: Reprodução/ Youtube

Do UOL, no Rio

01/05/2022 14h44

O vereador Marcelo Messias (MDB-SP) foi detido por policiais militares ao discursar em favor da realização de shows em comemoração ao 1º de maio na noite de ontem (30), no Jardim Mirna, zona sul da capital.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o vereador sendo jogado ao chão e algemado por policiais após discursar criticando as autoridades que tentavam impedir a realização do evento.

Messias participava da organização de shows de pagode em uma praça, realizados com verbas destinadas por ele, mas entraves com as autoridades impediram a realização do evento. Indignado, o vereador discursou ao público presente criticando a decisão:

"Chegou agora um aviso do comandante que só vai acontecer o evento se o governador ligar. O que não dá para entender é porque não estão deixando acontecer um evento para a população mais pobre da cidade, que é aqui na periferia da zona sul. Eu sou nascido na zona sul, trabalho por vocês e não entendo porque a polícia, o bombeiro e a secretaria estão fazendo isso com vocês", disse o vereador, antes de completar.

"Nós não podemos aceitar esses canalhas prejudicarem vocês. Eu vou ficar aqui, nem que eu tenha que dormir na rua, esperando uma resposta dos responsáveis. O meu dinheiro não é capim, o dinheiro de vocês não é capim. Essas pessoas têm que tomar vergonha na cara e respeitar vocês"

Marcelo Messias, vereador do MDB-SP

Após ser detido, o vereador foi levado para o 101º DP (Jardim Imbuias), onde também registrou ocorrência por conta do ocorrido. Testemunhas acusaram os policiais de truculência.

O UOL tenta contato com a Polícia Militar para entender a razão da prisão. Ao portal G1, a corporação afirmou que Messias foi conduzido à delegacia "após desentendimento sobre a realização de evento, em uma praça do bairro Jardim Mirna, zona sul da Capital". A nota sustenta ainda que "não foi apresentado pela organização o AVCB necessário para o prosseguimento do show previsto. As partes foram ouvidas, devidamente orientadas e liberadas".