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'Ciclone gigante' causou madrugada fria em SP, diz meteorologista

Colaboração para o UOL

18/05/2022 09h32Atualizada em 18/05/2022 10h04

O meteorologista Giovanni Dolif, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, explicou, em entrevista ao UOL News, que os ventos fortes que causaram a madrugada mais fria do ano na capital paulista nesta noite devem se repetir.

Dolif diz que a previsão é de que esse ciclone ainda cause ventos fortes hoje no sul e norte de Santa Catarina, Paraná e em São Paulo mais uma vez.

"Ali no sul de Santa Catarina os ventos vão ser mais fortes. Em Rio Grande do Sul vão diminuir. São Paulo e Rio de Janeiro terão ventos mais fortes, devem acontecer amanhã, ao longo do dia. A próxima madrugada ainda será bem fria", disse o meteorologista.

Segundo o especialista, um "ciclone gigantesco" foi o responsável por ventos fortes que causaram a madrugada mais fria em São Paulo esta noite.

"Esse ciclone teve uma trajetória diferente. Normalmente, se forma na costa do Sul, proporciona ar frio e vai embora. Esse, ao invés de ir embora, voltou para o continente. Esses ventos fortes dessa noite são por causa do ciclone. Apesar do centro não está em cima de São Paulo, ele é gigantesco", afirmou.

A cidade de São Paulo teve uma média de 8°C de temperatura ao longo da madrugada de hoje, a menor de 2022. Até o momento, o recorde era do dia 5 de maio, quando os termômetros do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) haviam divulgado uma média de 12,4°C em suas estações meteorológicas.

Tempestade causa morte, traz neve pela primeira vez e muda rotina no Sul

A tempestade subtropical Yakecan já está mudando o clima nos Estados da Região Sul do Brasil, vai baixar as temperaturas em metade do País nos próximos dias e já causou pelo menos uma morte. Entre os efeitos prováveis estão rajadas de ventos fortes, de até 120 km/h, e possível ocorrência de neve em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, na região da Serra de Palmas.

Esse sistema de baixa pressão começou como um ciclone extratropical, muito comum, juntamente com uma frente fria no fim de semana. "Mas na segunda-feira se desprendeu dessa frente fria e começou a se movimentar do mar em direção ao continente, com trajetória típica de furacão", observa Estael Sias, meteorologista da Metsul. Isso não significa que a tempestade vai se tornar um furacão. Em linhas gerais, o ciclone é um sistema de baixa pressão atmosférica em que o vento gira no sentido horário.

"Todo esse vento do ciclone sobre o mar causa aumento das ondas e propicia maré meteorológica. O nível do mar sobe e, por isso, deve ter 'ressaca' significativa no litoral do Sul e Sudeste, que vamos observar ao longo de alguns dias", explicou Giovanni Dolif ao UOL News.

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