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Organizadores da Parada LGBT de SP e políticos recebem ameaça de morte

Parada em homenagem à comunidade LGBT+ ocorre no domingo (19) em São Paulo - Getty Images
Parada em homenagem à comunidade LGBT+ ocorre no domingo (19) em São Paulo Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/06/2022 18h26Atualizada em 15/06/2022 22h31

Organizadores da Parada LGBT de São Paulo e políticos sofreram ameaça de ataques e de morte via e-mail. A organização da Parada informou que recebeu um texto que tinha conteúdo LGBTfóbico e indicava a intenção de atentar contra a vida dos organizadores e de outras seis pessoas, citadas nominalmente: a vereadora Erika Hilton (PSOL), a deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL), o vereador Thammy Miranda (sem partido),, o deputado estadual Alexandre Frota (PSDB) e o secretário de Justiça, Fernando José da Costa.

O evento está previsto para acontecer no próximo domingo, dia 19, e é a primeira edição presencial após o início da pandemia. O caso foi reportado e será acompanhado pela Secretaria de Justiça e Cidadania.

A mensagem afirma que se o evento não for cancelado, "a parada vai acabar em tragédia" e que uma "bomba seria colocada na avenida Paulista", tradicional palco da Parada.

"Reforçamos que não é o primeiro ano que recebemos mensagens neste sentido e, tais ameaças, apenas demonstram, com ainda mais nitidez, a importância de seguirmos ocupando as ruas e lutando por nossos direitos", afirmou a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em contato com o UOL.

A Associação confirmou que um boletim de ocorrência foi registrado e autoridades, incluindo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a de Justiça e Cidadania, foram alertadas, bem como as Polícia Civil e Militar.

"Recebi ameaça, via email, sobre minha participação na Parada LGBTQIA+. Outras parlamentares foram citadas nesta comunicação. Juntas lavramos BO [Boletim de Ocorrência] e abrimos procedimento junto à Secretaria de Justiça para averiguação imediata", escreveu Erica Malunguinho no Twitter.

Erika Hilton também repercutiu o caso na rede social: "Mais uma ameaça de morte. Mais uma. Já são incontáveis [...] Não nos pararão. Não nos intimidarão".

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que publicado no primeiro parágrafo da versão anterior do texto, o deputado federal Fabio Trad não está entre os que sofreram ameaça de morte. O texto foi corrigido.