SP: Em meio a tensão, motoristas decidem na tarde de hoje se greve continua
Motoristas e cobradores de São Paulo marcaram uma nova assembleia para as 16h de hoje para definir o futuro da greve, iniciada à 0h.
Nas últimas horas, houve uma escalada nas tensões entre o sindicato da categoria e a prefeitura da cidade, responsável pela gestão do transporte, depois que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) deu entrevistas à TV e rádio afirmando que paralisação "é uma atitude irresponsável e que suspeita que o sindicato tem agido em conluio com as empresas".
Em resposta, o Sindmotoristas emitiu nota repudiando a posição do político e definindo sua declaração como "leviana, covarde, e infeliz". A greve de hoje é a segunda em menos de um mês.
Segundo a categoria, apesar da garantia do reajuste de 12,47% tanto sobre os salários quanto ao ticket-refeição na paralisação de 14 de junho, não houve avanços nas reivindicações das outras demandas, como o fim do horário de almoço não remunerado, PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) e o pagamento de 100% das horas extras, além da adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.
A paralisação foi definida após decisão unânime obtida em assembleia ao longo da tarde de ontem, que reuniu mais de 6 mil trabalhadores na sede do sindicato, no bairro da Liberdade, na capital paulista.
Elaafeta 675 das 1,2 mil linhas diurnas, responsáveis por 6.008 ônibus na capital paulista. A previsão é de 1,5 milhão de usuários sejam afetados. A Prefeitura informou que o rodízio de carros estará suspenso na capital ao longo de hoje, permitindo a circulação dos veículos com placas de finais 5 e 6.
Faixas exclusivas e corredores de ônibus também estão liberados para circulação de carros de passeio enquanto durar a greve. De acordo com a pasta, durante a madrugada, 88 linhas, de 150, ficaram inoperantes.
SPTrans tem liminar que prevê multa para categoria
Em 31 de maio, a SPTrans obteve uma liminar na Justiça do Trabalho que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil para os trabalhadores envolvidos na greve.
A companhia administrada pela prefeitura, que gere o transporte por ônibus na capital, solicitou à Justiça aumento no valor desta multa, de acordo com o boletim de operações divulgado hoje. Não foram fornecidos detalhes sobre o novo valor pedido.
"A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizado", afirmou a companhia em nota. A secretaria informou que 17 das 40 garagens cadastradas no sistema estão sendo acompanhadas.
A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na Zona Leste. O Grupo Local de Distribuição não foi afetado.
Já as vans do serviço Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, estão operando normalmente.
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