Greve de ônibus: Rodízio de carros em São Paulo será suspenso nesta quarta
Após o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) anunciar a paralisação de ônibus na capital paulista a partir da 0h desta quarta-feira (29), a prefeitura da capital paulista anunciou a suspensão do rodízio municipal de veículos.
"Carros com placas finais 5 e 6 poderão circular pelo centro expandido a qualquer horário", afirmou, em nota, a SPTrans.
O órgão informou, ainda, que o rodízio continua a valer para veículos pesados e que as faixas exclusivas e os corredores de ônibus ficarão liberados para circulação de veículos enquanto a greve durar.
Greve de ônibus
Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo devem cruzar os braços mais uma vez a partir da meia-noite. A ação ocorre após decisão unânime obtida em assembleias ao longo da tarde de hoje, que reuniu mais de 6 mil trabalhadores na sede do sindicato, no bairro da Liberdade, na capital paulista.
A paralisação está prevista, inicialmente, para durar 24 horas, e uma nova assembleia está marcada para as 16h de amanhã, para definir pela continuidade ou não do movimento, caso o setor patronal não se manifeste.
Segundo a categoria, apesar da garantia do reajuste de 12,47% tanto sobre os salários quanto ao ticket-refeição, não houve avanços nas reivindicações das outras demandas, como o fim do horário de almoço não remunerado, PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) e o pagamento de 100% das horas extras, além da adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.
A Prefeitura lamentou, em nota, a decisão da categoria e disse que obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho no final de maio para a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. "A liminar segue válida e a SPTrans está solicitando o aumento do valor da multa na Justiça."
No dia 14 de junho, a categoria paralisou o transporte na cidade. Após o movimento, o sindicato conseguiu, em negociação com o setor patronal, o reajuste do salário e do ticket-refeição em 12,47% retroativo referente ao mês de maio, data base da categoria.
A greve foi encerrada na mesma data após um acordo entre a categoria e o sindicato patronal no começo da tarde.
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