'Paixão pelo militarismo': PM morto no Alemão deixa dois filhos autistas
O policial militar Bruno de Paula Costa, 38, foi morto ontem na ação policial que deixou ao menos 17 mortos no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Pai de dois filhos autistas, De Paula, como era conhecido pelos colegas, foi atingido ainda no início da incursão, às 5h39 de ontem, de acordo com o registro de ocorrência ao qual o UOL teve acesso.
Hoje, por volta das 10h30, a esposa do policial, Lidia Costa, esteve no IML (Instituto Médico-Legal) para a liberação do corpo do marido. A mulher definiu o marido como um "apaixonado pelo militarismo".
"Ele nasceu para isso. Era paraquedista, [foi] por sete anos. Foi cabo do Exército, também. Sempre teve paixão pelo militarismo. Excelente policial militar, excelente cabo do Exército. Todo mundo está chocado, a ficha não caiu", disse Lídia.
Anteriormente, a Polícia Civil havia informado que Roberto de Souza Quimer, 38, era um dos mortos, mas retificou a informação às 18h de hoje (22), o que totaliza 17 mortos no dia 21 de julho. O UOL atualizou todas as reportagens sobre o caso com a informação correta.
De acordo com os registros na Polícia Civil, De Paula foi socorrido por colegas, mas já deu entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas morto. Ele foi o primeiro dos 17 mortos na ação policial conjunta entre o Bope e a Core, da Polícia Civil.
Após a perda do marido, Lidia lamentou pela criação, agora sem o marido, dos filhos.
"Meu filho mais velho é autista severo, meu filho de 8 anos é autista leve. Uma tragédia. Eu peço que as pessoas continuem orando pela família. Peço saúde a Deus e força para poder criar meus dois filhos que vão precisar de mim."
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