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Veja quem são os mortos na operação policial no Alemão

Moradores do Complexo do Alemão usaram kombi para levar corpos até hospital - REGINALDO PIMENTA/ AGÊNCIA O DIA/ ESTADÃO CONTEÚDO
Moradores do Complexo do Alemão usaram kombi para levar corpos até hospital Imagem: REGINALDO PIMENTA/ AGÊNCIA O DIA/ ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, no Rio

22/07/2022 10h47Atualizada em 22/07/2022 19h48

Um dia após uma operação conjunta das polícias Civil e Militar terminar com 17 mortos —entre eles um PM— no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, os corpos estão sendo identificados no IML (Instituto Médico Legal).

Até o momento, 13 pessoas mortas durante a operação foram identificadas pela Polícia Civil. Outros quatro mortos ainda precisam ser identificados. Na manhã de hoje, uma moradora morreu na comunidade Nova Brasília —que integra o conjunto de favelas—, elevando a 18 o total de mortos desde ontem na região.

Ao menos quatro dos mortos identificados não possuem anotações criminais.

Anteriormente, a Polícia Civil havia informado que Roberto de Souza Quimer, 38, era um dos mortos, mas retificou a informação às 18h de hoje (22), o que totaliza 17 mortos no dia 21 de julho. O UOL atualizou todas as reportagens sobre o caso com a informação correta.

Segundo informações dos registros de ocorrência da Polícia Civil, obtidos pelo UOL, 11 mortos são negros e outros quatro são brancos. Nos demais casos, a cor consta como "ignorada" nos documentos.

A ação, iniciada no começo da manhã de ontem (21) por homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) começou com o cabo da PM Bruno de Paula Costa, baleado durante um ataque de traficantes à base da Unidade de Polícia Pacificadora do Alemão.

Veja quem são os mortos no Alemão:

Bruno de Paula Costa, 38 anos

O policial militar Bruno de Paula Costa, 38 - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
O policial militar Bruno de Paula Costa, 38
Imagem: Arquivo Pessoal

Bruno era cabo da Polícia Militar e foi baleado durante um ataque à base da UPP. Levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, não resistiu aos ferimentos

Letícia Salles, 50 anos

Moradora do Recreio, ela visitava o namorado no Complexo do Alemão. Familiares afirmam que ela foi baleada no peito dentro do carro por policiais em um dos acessos à comunidade

Marcos Paulo Nascimento da Silva, 22 anos

Não possui anotações criminais.

Wellington Moura da Silva Junior, 17 anos

Não possui anotações criminais.

Luiz Claudio Rozendo Lopes Junior, 28 anos

Não possui anotações criminais.

Jhonatan Vitor Ferreira Nunes, 21 anos

Não possui anotações criminais.

Bruno Neves Leal, 28 anos

Foi preso em flagrante em Bangu e condenado por tráfico de drogas e associação para o tráfico em duas instâncias.

Fernando Nascimento Silva, 28 anos

Tem anotações criminais por tráfico e associação para o tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

Emerson de Sousa Teixeira, 26 anos

Tem anotações por tráfico de drogas, associação para o tráfico e desacato.

Gabriel Farias da Silva, 23 anos

Com anotações por homicídio, roubo e tráfico de drogas em Angra dos Reis, no litoral fluminense.

Anderson Luiz Bezerra Fonsêca, 21 anos

Tem anotações por associação para o tráfico de drogas, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma.

Diego Barbosa da Silva, sem idade informada

Bruno Luis Soares da Silva, 32 anos

Tem anotações por tráfico de drogas e roubo.

Solange Mendes da Silva, 49 anos, foi baleada na favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, no segundo dia de operação na área - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Solange Mendes da Silva foi baleada na favela Nova Brasília, no Alemão
Imagem: Arquivo Pessoal

Solange Mendes da Silva, 49

Moradora da favela Nova Brasília, Solange vendia marmitas com o marido no alto da comunidade. Baleada nesta sexta-feira (22), ela deu entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, já sem vida. A PM negou, por meio de nota, ter revidado disparos em ataque à UPP da comunidade.

Ao longo do dia, moradores começaram a usar veículos particulares para levar até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Alemão os corpos das vítimas encontradas pelas vielas da comunidade.

A ação no Alemão foi a quinta mais letal da história do Rio de Janeiro e a segunda com mais mortos no complexo de favelas da zona norte do Rio —uma operação realizada em 2007 teve 19 vítimas.