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AL: Motorista de app é assassinada durante corrida; polícia prende suspeito

A motorista de aplicativo foi estrangulada até a morte durante uma corrida na cidade de Maceió (AL) - Reprodução/Redes Sociais
A motorista de aplicativo foi estrangulada até a morte durante uma corrida na cidade de Maceió (AL) Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL

17/08/2022 19h43

Um homem foi preso suspeito de envolvimento na morte da motorista por aplicativo Amanda Pereira dos Santos, 27, estrangulada até a morte, na última segunda-feira (15), por um suposto passageiro, dentro do carro dirigia, em Maceió. Ele teria confessado o crime após a detenção, ontem, e, segundo a polícia chegou a detalhar que a ação durou cerca de oito minutos e que a vítima tentou escapar dando chutes no vidro da porta e até mordendo uma terceira pessoa que o acompanhou durante a viagem.

O corpo da mulher foi encontrado na noite de segunda, na capital alagoana. O suspeito, Jackson Vital dos Santos, 27, foi preso ontem e, segundo a Polícia Civil, teria admitido matar Amanda Pereira após anunciar um roubo. Dos Santos teria informado ainda que contou com a ajuda de um casal identificado como Yuri e Mari "Estelinha".

Amanda aceitou a corrida, que teve início no Conjunto Jarbas Oiticica, em Rio Largo, onde mora o suspeito, e seguiria até a cidade de Marechal Deodoro. Ela não foi mais vista depois disso.

Em depoimento à polícia, segundo apurou o telejornal local "AL1", da TV Gazeta, afiliada à Rede Globo, Jackson Vital disse que, após assassinar a motorista, ele e o casal abandonaram o carro da vítima e roubaram a quantia de R$ 180 e um celular dela, além do estepe e o som do carro.

Titular da Delegacia de Homicídios de Rio Largo, Igor Diego afirmou que o casal foi encontrado pela polícia primeiro, mas fugiu. Jackson foi o terceiro a aparecer na lista de suspeitos.

"Conseguimos identificar, a princípio, o casal que teria participado desse crime. O casal que estava aqui na cidade de Rio Largo, que chamou o carro aqui da cidade de Rio Largo, mas já não se encontrava mais na localidade no momento. Então, nós continuamos verificando que tinha um terceiro envolvido neste crime e conseguimos chegar até ele e ele confessou", afirmou, o delegado em entrevista coletiva à imprensa local.

Segundo a investigação, a vítima não foi escolhida previamente. O trio, segundo depoimento de Vital, pretendia roubar qualquer motorista que aceitasse a corrida.

"Ele [Jackson Vital] disse que saiu daqui do Jarbas Oiticica, em Rio Largo, com destino à cidade de Marechal Deodoro, que foi escolhida como destino porque era o local onde a família da suspeita conhecida como Mari morava. Eles escolheram esse local, mas já haviam praticado o crime patrimonial, que era subtrair os pertences de quem viesse buscá-los. Eles não sabiam se era uma mulher ou um homem que realizaria aquela corrida".

Resistência

Segundo a polícia, Jackson Vital relatou em seu depoimento que a vítima tentou fugir do carro dando chutes na porta e mordendo os suspeitos.

"A vítima tentou de todo modo se libertar daquela situação. Ela desferiu diversos chutes no vidro da porta do veículo para tentar fugir. Chegou a morder a bochecha da mulher que a estava agredindo naquele momento e ele [Jackson] ficou com o braço arranhado pelas unhas da jovem".

O corpo da vítima foi deixado em uma área de mata em Cachoeira do Meirim e depois seguiu com o veículo para a localidade conhecida como Village Campestre, onde Yuri e Mari residem com o pai dele.

Em uma breve entrevista ao "AL1", Jackson alegou não ter tido a intenção de matar a vítima. "Eu fiquei apertando até que ela desmaiasse. Eu achei que ela estava desmaiada e não morta".

O UOL buscou contato com a defesa do suspeito preso, mas, segundo a polícia, ele ainda não tem defesa constituída. Até a tarde de hoje também não havia sido realizada audiência de custódia, que é quando a Justiça determina se o suspeito segue preso ou aguardará o processo em liberdade.