Vídeo: PM mata ex-mulher e comete suícidio após fazê-la de refém no PR
Um soldado da Polícia Militar atirou oito vezes em direção ao carro da ex-mulher em Curitiba (PR). Segundo a PM, depois dos disparos, Dyegho Henrique Almeida da Silva entrou no veículo e fez a enfermeira Franciele Correia e Silva, 28, de refém. A vítima morreu após passar mais de três horas na mira do ex-companheiro. O PM cometeu suicídio em seguida.
De acordo com as testemunhas, a ação aconteceu às 17h12 e foi flagrada por câmeras de segurança da região. Na imagem, é possível ver o policial chegando em uma moto e fechando o carro da ex-companheira. Ele desce e aponta a arma. Em seguida, a condutora dá ré e atinge outro automóvel que está atrás. O PM atira várias vezes.
Uma adolescente que estava de carona no carro saiu correndo pedindo socorro e disse que o atirador era o padrasto dela. "Ela saiu correndo e veio me pedir ajuda. Disse que o padrasto tinha atirado na mãe dela e ela precisava de socorro", contou ao UOL um morador que prestou ajuda e pediu para não ser identificado.
Desde as 17h20 da tarde de hoje, a PM tentava negociação com o policial, que era lotado no Copom (Centro de Operações Policiais Militares). Dyegho Henrique chegou a sair do carro algumas vezes, mas não se rendeu. Parecia estar nervoso.
Em um dos momentos, ele chegou a gravar um vídeo e postou no status de sua rede social. Na gravação ele fala "Só para todo mundo saber que homem também sofre relacionamento abusivo. Que homem é abusado, esculachado. Homem passa muita coisa na mão de uma mulher. Isso afeta psicológico, afeta tudo. No primeiro sinal de abuso, fuja rapaziada", afirmou Dyegho.
Após gravar o vídeo, o PM voltou para o carro. Durante toda a negociação, o homem foi irredutível e disse que não iria se entregar. O tiro com que se suicidou foi ouvido por volta das 21h10 pelas equipes de reportagem que estavam no local cobrindo a operação.
De acordo com testemunhas, o especialista em segurança pública estaria separado há um mês da enfermeira. Ele não teria aceitado o fim do relacionamento e estaria há alguns meses procurando a vítima na tentativa de reatar o relacionamento de um ano, que era conturbado.
Você precisa de ajuda?
A Central de Atendimento à Mulher registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes. Ligue 180. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher, em todo o país. O serviço também é acessível em outros países.
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente.
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