'Você vai viver um inferno': ex fez ameaças a cuidadora morta com estilete
Mensagens de texto mostram que o relacionamento de Francislaine Camargo Santos, 33, e do autônomo Anivaldo Galdino tinha um histórico de ameaças e violência. A cuidadora morreu em Curitiba (PR), na noite do feriado de 7 de setembro, poucos dias após receber mensagens do ex, com recados como: "Você vai viver um inferno de hoje em diante".
Francislaine estava em uma festa de bairro conhecida como "Bailão de Santa Quitéria". Segundo a Polícia Civil, Anivaldo invadiu o local com um estilete e matou Francislaine — depois, tentou tirar a própria vida e segue internado em estado gravíssimo.
As informações de familiares e amigos confirmam que as ameaças eram motivadas por sentimentos de posse e controle, já que ele não aceitava o término da relação de quase três anos. Porém, antes de ela dar fim ao relacionamento, há três meses, familiares já testemunhavam ofensas à vítima na comunidade.
"Ele a xingava de vários nomes quando saíam. Depois, vivia ligando pra ela, mandando mensagem. Tudo muito alterado e com tom de ameaça. Ele não aceitava de jeito nenhum o fim do caso deles. Quando bebia era ainda pior, ele mandava mensagem toda hora", afirmou uma tia da vítima, Vitalina de Camargo.
A reportagem do UOL teve acesso aos prints de mensagens enviadas pelo suspeito de 49 anos. Três dias antes do crime, ele disse: "Vai parar o inferno. Vocês vão ver o que eu sou capaz de fazer. Vai para o inferno, sua biscate". Em outro trecho ele afirma: "Você não vai beber feliz de hoje em diante".
No dia seguinte, ele voltou a ameaçar a ex-companheira: "Você vai ver o que vai acontecer. Espera pra ver. Vai para o inferno" e "se você soubesse a raiva que eu estou de você, você nem aparecia na minha frente, sua p***".
Na mesma data, na segunda-feira (5), ele escreveu: "Pode chamar a polícia. Você não vai viver sossegada. Agora você vai ver o que é bom para tosse".
Todo o conteúdo foi entregue à Polícia Civil, que investiga o caso.
Anivaldo continua internado no Hospital do Trabalhador na capital paranaense. O estado de saúde dele é considerado gravíssimo. Se receber alta, o autônomo pode ser indiciado por feminicídio. Ele não tem defesa constituída.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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