'Espelho para cada um de nós', diz mãe sobre aluna morta em escola na BA
A mãe de Geane Brito, 19, morta em um ataque a uma escola em Barreiras (BA), pediu para que as pessoas não esquecessem do "brilho nos olhos" e do "sorriso" da filha. Durante o sepultamento da estudante, que ocorreu ontem, Luciane Brito disse que espera que o legado da menina permaneça para todos.
"Se vocês parassem hoje e pensassem numa criança que vive em uma cadeira de rodas e que vocês olhassem para o brilho dos olhos dela, no sorriso dela. Gente, isso é espelho para cada um de nós", afirmou Luciene.
"Eu quero que esse legado não fique só para mim, que sou mãe, mas para cada um de vocês", acrescentou ela.
O pai de Geane, José Ferreira, também se emocionou durante o sepultamento da filha. "Peço ao Senhor que nunca deixe acontecer uma tragédia dessa mais em escola nenhuma. Eu não quero ver o pai sofrer e sentir a dor que eu como pai estou sentido."
Geane morreu na segunda-feira (26), durante um ataque a Escola Municipal Eurides Sant'Anna, onde era aluna do 9º ano do ensino fundamental. O autor do ataque é um adolescente de 14 anos. Ele tentou fugir do local após o crime, mas foi atingido por um disparo de arma de fogo que, segundo a polícia, partiu de uma terceira pessoa ainda não identificada.
A ação foi anunciada online horas antes e já tinha o plano exposto há dias no Twitter. Com o adolescente foram apreendidos um revólver calibre 38, duas armas brancas e uma "aparente" bomba caseira. O material foi apresentado na 11ª Coordenadoria Regional do Interior.
A arma utilizada no crime era do pai do adolescente, que é policial militar. O armamento teria sido encontrado pelo jovem debaixo do colchão, onde o pai costumava guardá-lo.
A Polícia Civil da Bahia informou que a arma do atirador falhou duas vezes, possibilitando que os adolescentes corressem e buscassem abrigo nos fundos da quadra ou na rua.
Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, o jovem mantinha contato com Henrique Lira Trad, 18, autor da tentativa de ataque à Escola Éber Louzada Zippinotti, em Vitória, no mês passado.
A investigação agora verifica se o episódio tem relação com outros casos e se os jovens faziam parte de um grupo de ódio online.
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