D. Pedro 1º e mais: conheça outros famosos que participaram da maçonaria
A maçonaria despertou atenção depois que viralizou um vídeo do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em uma loja maçônica. As imagens mostram Bolsonaro discursando no local. O presidente confirmou ter ido à loja em 2017.
De origem francesa, a maçonaria remonta à Idade Média e é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica e educativa. Rodeada de mistérios, é formada majoritariamente por homens, que se reúnem em lojas para estudar e planejar ações.
Políticos brasileiros e outras personalidades famosas já fizeram parte da maçonaria.
De D. Pedro 1º a Mourão
Não é de hoje que políticos brasileiros estão vinculados à maçonaria no Brasil. O imperador D. Pedro 1º iniciou na maçonaria em 2 de agosto de 1822, aderindo ao nome metafórico, Guatimozim.
Segundo o Grande Oriente de São Paulo, o nome era uma homenagem ao último imperador asteca da região de Anahuac (atual México). Ele se considerava semelhante a Guatimozim por sua disposição de se sacrificar pelo Brasil, de acordo com o Grande Oriente de São Paulo.
D. Pedro 1º chegou a dirigir uma sessão, no dia 5 de outubro de 1822.
Membros do governo provisório da República recém-proclamada, em 1889, também participaram da maçonaria. Marechal Deodoro da Fonseca, Campos Sales, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Ruy Barbosa e Floriano Peixoto faziam parte.
De acordo com o Grande Oriente do Brasil (GOB), participaram ainda da maçonaria Prudente de Moraes, terceiro presidente do Brasil, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Delfim Moreira, Washington Luís, Café Filho, Nereu Ramos e Jânio Quadros.
Bolsonaro disse ter sido convidado por um colega a conhecer o espaço, que ele "acha" ter sido "em Brasília". "Fui de novo? Não fui. Agora sou o presidente de todos. Isso agora, a esquerda faz um estardalhaço, olha? O que eu tenho contra os maçons? Não tenho nada", falou. A presença de Bolsonaro em uma loja maçônica causou polêmica em grupos religiosos.
O vice-presidente Hamilton Mourão também não esconde a participação nas reuniões da maçonaria.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques informou em 2010 ser mestre da maçonaria. A assessoria do ministro já declarou que ele não faz mais parte do grupo.
De acordo com a historiadora e doutoranda em Educação pela Unicamp, Jaqueline Rodrigues Antônio, existe uma explicação para tantos nomes da Presidência estarem ligados à maçonaria.
"Todos da Primeira República eram maçons. Uma teoria é que a maçonaria 'azul', a monarquista, iniciada na Inglaterra com o príncipe de Gales como chefe, foi introduzida no Brasil pelo 'patriarca da independência' José Bonifácio depois de estudar em Coimbra [Portugal]", diz.
Essa informação aparece em um artigo da USP [Universidade de São Paulo], da década de 1960, com o título "José Bonifácio e a Maçonaria".
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