Carro é achado carbonizado com corpos de seis operários paranaenses em SC

Um carro foi encontrado incendiado com seis corpos carbonizados dentro, na Estada da Serrinha, em Joinville (SC). Todas as vítimas eram paranaenses e prestadoras de serviço de limpeza e poda para a Celesc, empresa estatal de energia de SC. Outros três trabalhadores foram sequestrados pelos autores do crime, mas liberados no km 10 da Rodovia do Arroz.

As mortes teriam sido motivadas por uma discussão iniciada entre uma das vítimas e pessoas ainda não identificadas em um estabelecimento comercial no bairro Morro do Meio, na zona leste da cidade, na madrugada do domingo (8).

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De acordo com informações da Polícia Militar (PM), depois do desentendimento, durante a madrugada, pessoas que teriam brigado com uma das vítimas invadiram a casa onde ela residia com os colegas de trabalho por retaliação à briga anterior. No momento, havia uma festa sendo realizada no local, conforme apuração preliminar da PM.

O relatório da PM indica ainda que depois da entrada na residência e um possível espancamento das vítimas, o grupo de criminosos colocou fogo no imóvel e levou os moradores distribuídos em três carros, que pertenciam à companhia terceirizada, para uma área rural do município.

Um dos veículos estragou no trajeto e foi abandonado pelos criminosos com três sobreviventes. As vítimas foram deixadas na rodovia do Arroz, no bairro Vila Nova, e conseguiram acionar a polícia.

As guarnições da Polícia Militar realizaram buscas na região e foram encontrados os outros dois veículos envolvidos na ocorrência: um Fiat Uno prata, localizado na estrada Lagoinha, no bairro Morro do Meio; e um Fiat Uno preto, localizado por volta das 10 horas incendiado e com "ao menos seis corpos em seu interior", em uma área rural conhecida como Estrada da Serrinha.

Em entrevista ao UOL, o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Joinville, Dirceu Silveira Jr, afirmou que as primeiras testemunhas do caso foram ouvidas.

Ele, no entanto, disse que a identificação das vítimas ainda está em andamento e apontar suspeitos e circunstâncias claras para o crime é prematuro.

"Estamos ouvindo os moradores da casa que sobreviveram à chacina. A investigação está em aberto e ainda não podemos cravar absolutamente nada. Será necessário aguardar o resultado das perícias para apontar sinais de violência nos corpos e o que provocou a morte dessas pessoas. Mas a violência desse crime já está caracterizada pelo fato de seis pessoas serem mortas carbonizadas", afirmou.

O UOL tentou a identificação dos corpos com o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina, que afirmou que a informação fica à cargo da Delegacia de Homicídios, que está investigando o caso. A Central Funerária de Joinville também ainda não havia recebido dados das vítimas para o encaminhamento ao velório dos mortos até a manhã de hoje.

Por meio de nota, a Celesc explicou que as vítimas não fazia parte de seu quadro de funcionários, mas trabalhavam para uma companhia terceirizada, fazendo limpeza e poda nos arredores do sistema elétrico de alta tensão de subestações da região.

"A Celesc lamenta a tragédia e esclarece, ainda, que no momento da ocorrência eles não estavam em horário de trabalho."