Técnico de enfermagem é preso após denúncia de estupro em UPA
Um técnico de enfermagem de 34 anos foi preso hoje em flagrante por estupro de vulnerável na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros, no Grajaú, zona sul de São Paulo. A vítima, um jovem de 22 anos, esteve na unidade hospitalar no dia 17 de dezembro de 2022.
Segundo um familiar do jovem, que não quis se identificar, a vítima esteve na UPA devido a uma mialgia (dores musculares). Com pressão arterial elevada, o médico solicitou um raio-x e alguns exames laboratoriais, além de prescrever dois medicamentos para aliviar os sintomas.
Ao aplicar a medicação intravenosa, o técnico se aproximou do paciente e falou que ele precisava realizar um eletrocardiograma urgentemente. Antes mesmo de a medicação terminar de ser administrada, o paciente foi levado para sala, onde permaneceu por 50 minutos. A família acredita que ele tenha sido dopado e informou que o médico não havia solicitado o exame.
"Pedi para o pai do jovem ir dias depois ir à UPA pedir a ficha de atendimento dele. Em nenhum momento [os profissionais] relataram o ocorrido. Os relatórios da noite diziam que o paciente segue em isolamento sob vigilância (Vigilância? Por quê? Por quem?). Eles se preocuparam em abafar o caso", disse o familiar da vítima ao UOL.
A SMS (Secretaria Municipal de São Paulo), informou ao UOL após a denúncia, que o funcionário teve o contrato de trabalho suspenso. A OSS (Organização Social da Saúde), que administra a UPA, instaurou uma sindicância para apurar os fatos.
"A SMS determinou à OSS máximo rigor na apuração em curso e que a organização colabore amplamente com a investigação policial", diz nota.
Ao UOL, o Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) disse que também abriu uma sindicância contra o técnico de enfermagem. "A apuração seguirá sob sigilo processual e, após a averiguação dos fatos, se forem constatados indícios de infração ética, será instaurado um processo ético-profissional", diz comunicado.
Caso seja confirmado o estupro, o profissional deverá pagar uma multa, além de ter suspensão temporária do exercício profissional ou cassação do exercício profissional pelo Conselho Federal de Enfermagem.
O caso foi registrado pelo 101º Distrito Policial. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que "outros detalhes serão preservados por se tratar de caso de cunho sexual".
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