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Anestesista suspeito de abusos exigiu ficar sozinho com criança, diz pai

Polícia irá investigar se menina é terceira vítima do médico; pacientes abusadas foram identificadas por vídeos feitos pelo colombiano  - Reprodução/Instagram
Polícia irá investigar se menina é terceira vítima do médico; pacientes abusadas foram identificadas por vídeos feitos pelo colombiano Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 19h17Atualizada em 18/01/2023 21h12

O anestesista Andres Eduardo Oñate Carrilo, preso na segunda-feira (17) por estupro de vulnerável, teria exigido que o pai de uma paciente saísse da sala durante um atendimento, o deixando a sós com a criança.

A informação foi fornecida à polícia pelo pai da paciente, que identificou o médico nas notícias sobre o caso e suspeitou do comportamento do colombiano com a filha. Ele procurou ontem a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que lidera a investigação contra o profissional de saúde — além de guardar vídeos abusando de ao menos duas pacientes, o profissional tinha 20 mil imagens de pornografia infantil em seus aparelhos eletrônicos.

Médico ficou sozinho por 30 minutos com criança. A consulta do anestesista com a menina aconteceu já em 2023. Segundo o jornal Extra, o pai da paciente relatou à polícia que Oñate "exigiu" ficar a sós com a criança algumas vezes no quarto de um hospital no Rio de Janeiro, afirmando, diante da estranheza do responsável, que o pedido era "necessário para o procedimento". Médico e paciente passaram cerca de trinta minutos sozinhos.

"Agora, ele foi ouvido e a gente vai prosseguir nas investigações para concluir se realmente é uma vítima ou não", explicou o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques, ao jornal carioca.

Dois abusos confirmados

Até o momento, a polícia confirmou dois abusos de Andres contra pacientes, em 2020 e 2021. No Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, ele abusou de uma paciente que se submetia a uma laqueadura. Já no Hospital do Fundão, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) ele estuprou uma mulher que passava pela retirada do útero.

Segundo o delegado que investiga o caso, após a aprovação no Revalida, em 2021, Andreas trabalhava em "vários hospitais" do Rio, "tanto na rede pública quanto na rede particular".