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Suzane von Richthofen abre ateliê de costura com peças bordadas por R$ 180

Suzane von Richthofen deixa presídio para "saidinha" temporária de Natal e Ano Novo - Reprodução/TV Vanguarda
Suzane von Richthofen deixa presídio para 'saidinha' temporária de Natal e Ano Novo Imagem: Reprodução/TV Vanguarda

Do UOL, em São Paulo

08/02/2023 18h41Atualizada em 08/02/2023 20h38

Quase um mês após progredir ao regime aberto e mudar para o interior de São Paulo, Suzane von Richthofen abriu um ateliê de costura e criou um perfil para a marca nas redes sociais. Chamada de "Su entre linhas", a página fez a primeira publicação há 4 dias e já conta com quase 8 mil seguidores.

Anunciando "produtos feitos à mão", entre os itens já anunciados estão chinelos bordados e vendidos por até R$ 180. Na descrição da loja há a informação de que o perfil é monitorado e administrado por uma pessoa chamada Josiely, e indica que os contatos devem ser feitos por mensagem direta.

No contato apresentado como meio para realizar as encomendas, Josiely informou ao UOL que o perfil é, sim, de Suzane. A informação também foi confirmada por Ulisses Campbell, autor do livro Suzane: assassina e manipuladora. Em contato com a reportagem, Campbell contou que recebeu a informação sobre o ateliê de pessoas que convivem com Richthofen.

Há cerca de 15 dias, Suzane abriu um CNPJ como MEI (Microempreendedor Individual). O endereço consta na cidade de Angatuba.

Presa desde 2002 pelo assassinato dos pais, ela tentava a progressão de pena desde 2017. Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato de Marísia e Manfred Von Richthofen, em outubro de 2002.

Perfil de ateliê atribuído a Suzane von Richthofen - Reprodução/Redes Sociais - Reprodução/Redes Sociais
Perfil de ateliê atribuído a Suzane von Richthofen
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Durante a prisão, Richthofen trabalhava em uma confecção de costura da penitenciária e produzia artesanato. A atividade era diária, com jornada de seis a oito horas.

Os dias trabalhados eram usados para reduzir a pena. No total, ela abateu 1,8 mil dias, o que equivale a aproximadamente cinco anos.

Repercussão na internet

Com a divulgação da página, muitos usuários do Instagram deixaram comentários nas publicações, que foram dominadas por mensagens, em sua maioria, positivas sobre a empreitada. Muitas pessoas elogiaram o trabalho, incentivaram as vendas, ofereceram apoio e comemoraram o "recomeço" de Suzane.

"Seu trabalho é incrível, não estou aqui para te julgar pelo que fez, somente Deus pode ter essa ação sobre sua vida. Só Desejo que ele possa te perdoar e que esse recomeço seja símbolo de uma nova fase. Que Deus te abençoe", escreveu uma pessoa.

Por outro lado, críticas diziam que "falta noção" em quem apoia. Uma pessoa também comentou "nojo".

"É sério que vocês estão amando isso tudo e encomendando roupas? Vocês são loucos mesmo ou se fazem? Morro e não vejo tudo", questionou outra.

Além disso, muitos perfis falsos com o nome da loja foram criados. Para evitar confusões, o perfil original pediu que os seguidores denunciem as outras páginas e fiquem atentos quanto a isso.

Os seguidores também aproveitaram para tirar algumas dúvidas sobre as peças, e até mesmo sobre o envolvimento de Suzane no negócio.

Ateliê de Suzane von Richthofen - Reprodução/Redes Sociais - Reprodução/Redes Sociais
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

O UOL tenta contato com a defesa de Suzane von Richthofen.