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Aluna da USP que desviou quase R$ 1 mi de festa tranca curso de Medicina

Alicia Muller trancou o curso de medicina no fim de janeiro - Reprodução
Alicia Muller trancou o curso de medicina no fim de janeiro Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

16/02/2023 20h32

A estudante da USP Alicia Dudy Muller Veiga, que confessou ter desviado R$ 937 mil da comissão de formatura de sua turma, trancou o curso de Medicina no último dia 24 de janeiro.

Mas, segundo o seu advogado, Sérgio Ricardo Stocco, ela reativará a matrícula para retornar à faculdade no dia 27 de fevereiro. Alicia está no quinto ano do curso.

A estudante já confessou à polícia que desviou R$ 937 mil da formatura e que usou parte do dinheiro em benefício próprio.

Além de um carro avaliado em R$ 120 mil, a polícia apreendeu três cartões de crédito, um HD, um tablet avaliado em R$ 6.000, dois celulares e um notebook. O iPhone era alugado por R$ 3.000 por ano.

O MPSP acredita que Alicia se enquadra no artigo 171 do Código Penal, que consiste na prática de golpes.

  • Neste caso, a pena varia de um a cinco anos de prisão.

Já a polícia considerou que a estudante cometeu nove vezes o crime de apropriação indébita.

  • Com pena prevista de um a quatro anos por cada crime, ela poderia ser condenada a até 36 anos de prisão.

Diferentemente do que ocorre na apropriação indébita, no estelionato a lei exige que as vítimas façam uma "representação criminal".

Por essa razão, o promotor devolveu o inquérito à polícia para que os alunos prejudicados se apresentem e deixem explícito o desejo de ver a punição de Alicia, para discriminar "o prejuízo suportado por cada um deles". O MP discordou do pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil.

Advogado de Alicia contesta

Ao UOL, o advogado de Alicia, Sérgio Ricardo Stocco Giolo, disse que agora é "aguardar as novas diligências" e protestou contra o pedido de prisão preventiva, que só poderia ser solicitada em caso "excepcional".

Os fundamentos apresentados são vagos e por isso não são válidos para justificar o pedido da prisão preventiva, porque nada dizem sobre a real periculosidade da acusada."
Sérgio Ricardo Stocco Giolo, advogado de Alicia, em nota