Topo

Esse conteúdo é antigo

'Escravizados do vinho': MPT propõe pagamento de R$ 600 mil por dano moral

Trabalhadores foram resgatados em operação iniciada na quarta-feira, dia 22, em alojamento na cidade de Bento Gonçalves - MPT
Trabalhadores foram resgatados em operação iniciada na quarta-feira, dia 22, em alojamento na cidade de Bento Gonçalves Imagem: MPT

Colaboração para o UOL, em Brasília

28/02/2023 22h12Atualizada em 28/02/2023 23h30

O Ministério Público do Trabalho fez hoje, em audiência, uma proposta para uma das empresas envolvidas com trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul.

O que aconteceu:

  • O MPT sugeriu o pagamento de R$ 600 mil por danos morais individuais aos funcionários.
  • Também foi proposto o pagamento de R$ 1 milhão em verbas rescisórias.

A proposta foi apresentada durante audiência com a defesa do empresário Pedro Augusto de Oliveira Santana, dono da empresa Fênix Serviços de Apoio Administrativo.

A empresa tem até meio-dia de quinta-feira (2) para apresentar a comprovação dos últimos pagamentos de verbas rescisórias.

Na tarde desta quarta-feira, às 14h, o MPT ouvirá três grandes vinícolas tomadoras do serviço da contratante: Aurora, Garibaldi e Salton.

O objetivo, segundo o órgão é relatar a situação do caso, apresentar o que foi apurado nas investigações, requisitar informações sobre os contratos. O MPT vai discutir questões relativas à responsabilidade das empresas tomadoras como parte da cadeia de produção vinífera e ouvir os representantes da empresa.

A audiência também será por teleconferência, com participação de outros integrantes da força-tarefa.

O MPT também foi convidado a participar, na manhã de quarta, da reunião ordinária da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, que vai discutir a convocação de uma audiência pública para discutir o tema no parlamento gaúcho, proposta pela deputada Luciana Genro.