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Morre professor que foi preso por faixa 'Fora Bolsonaro Genocida' em Goiás

Carro do professor Arquidones Bites durante protesto contra Jair Bolsonaro (PL) - Reprodução/Instagram e Twitter
Carro do professor Arquidones Bites durante protesto contra Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Reprodução/Instagram e Twitter

Do UOL, em São Paulo

30/03/2023 17h07Atualizada em 30/03/2023 17h18

O professor Arquidones Bites, que foi preso em 2021 por usar uma faixa com os dizeres "Fora Bolsonaro Genocida", morreu nesta quinta-feira (30) em Goiás.

O que aconteceu:

Arquidones sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) Hemorrágico — ou seja, o rompimento de um vaso cerebral, que provoca uma hemorragia.

Ele estava internado há três dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hetrin (Hospital de Urgência de Trindade em Goiás).

O homem é doador de órgãos e, segundo o PT, a família autorizou o hospital a fazer o processo.

Ainda não há horário do velório em razão dos procedimentos médicos para a doação e, posterior, liberação dos corpos.

Arquidones era professor de história e atual secretário estadual de movimentos populares do PT de Goiás. Ele foi candidato a deputado federal em Goiás pela sigla em 2022, mas não venceu o pleito.

Foi para uma outra dimensão, deixando um legado incomparável de luta, compromisso e crença numa sociedade fraterna e solidária; tenho muito orgulho de ter participado de várias batalhas ao lado dele."
Berilo Leão, irmão de Arquidones

O PT de Goiás agradece toda dedicação que o professor Arquidones colocou em defesa da classe trabalhadora e se solidariza com os companheiros e companheiras de partido, amigos e familiares neste momento de dor."
Vereadora Kátia, presidente do PT de Goiás

Relembre o episódio:

  • À época da prisão, o docente disse ao colunista do UOL Chico Alves que perdeu três pessoas da família para a covid-19 e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de negligência na compra de vacinas.
  • Na ocasião, o homem foi detido por um PM que exigiu que ele guardasse a faixa. Arquidones se recusou e o policial o prendeu, tentando enquadrá-lo na LSN (Lei de Segurança Nacional).
  • Durante a prisão, o professor foi derrubado com uma rasteira, além de levar socos e chutes, sendo algemado na sequência.
  • Arquidones foi levado à sede da PF (Polícia Federal) em Goiânia, mas foi liberado após o delegado não identificar a prática de crime prevista na LSN.