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SC articulou plano de prevenção em escolas antes de atentado a creche

Do UOL, em São Paulo

05/04/2023 16h45Atualizada em 05/04/2023 16h45

O governo de Santa Catarina começou a articular um plano de prevenção em escolas uma semana antes do ataque que deixou quatro crianças mortas e outras cinco feridas em uma creche em Blumenau.

O que aconteceu

As forças de segurança planejaram um levantamento para identificar as vulnerabilidades das escolas de Santa Catarina. Depois disso, a ideia era criar mecanismos para prevenir eventuais ataques.

SC busca referências em ações de combate ao terrorismo em Israel, diz o governo. A ideia é ter câmeras de monitoramento com uma tecnologia capaz de identificar quando um suspeito saca arma, faca ou arromba porta. Em seguida, o sistema notifica via SMS os policiais próximos ao local.

O plano também prevê dar orientações a professores. O objetivo é que eles saibam como agir em meio a uma ameaça.

Assim que estiver concluído, o plano será encaminhado ao Judiciário e ao Ministério Público. A estratégia será elaborada em conjunto entre as forças de segurança e a Secretaria Estadual de Educação.

O plano foi anunciado por Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, em entrevista coletiva hoje à tarde.

O que se sabe sobre o ataque em Blumenau

Um homem pulou o muro de uma creche e invadiu o espaço com uma machadinha. Segundo a polícia, ele não tem ligação com a unidade.

O agressor responderá por 4 homicídios triplamente qualificados e por 4 tentativas de homicídios triplamente qualificados.

Ele já tinha passagens pela polícia por lesão corporal, dano e porte de drogas.

Das cinco crianças feridas, quatro foram levadas ao Hospital Santo Antônio: duas meninas de 5 anos, um menino também de 5, e outro menino de 3. O estado de saúde delas é estável, segundo o hospital. Todas ficarão em observação por pelo menos 24h.

As aulas na rede municipal de ensino foram canceladas hoje. A prefeitura decretou luto.

A Polícia Civil informou que irá extrair dados de computadores e celulares do autor do ataque. O objetivo é verificar se houve participação direta ou indireta de outras pessoas no atentado. A polícia também tenta obter imagens de câmeras de segurança.