Brasileira presa na Alemanha superou prisão com fé: 'Não estávamos sós'
As brasileiras Kátyna Baí e Jeanne Paolini, que passaram 37 dias presas na Alemanha, sob suspeita de tráfico de drogas, enviaram cartas manuscritas à família e falaram sobre a importância da fé: "Não estávamos sozinhas".
O que aconteceu:
Em um dos textos recebidos pelos familiares, Kátyna descreve que ao chegar à Prisão de Frankfurt III, ou JVA III, que tem capacidade para 380 detentas, recebeu uma bíblia de um pastor.
No segundo dia que aqui estava, conheci o pastor, ele me deu uma bíblia. Aos prantos guardei e abri sem olhar. Abri no Salmo 91 Meu Deus, aquilo era um sinal celestial de que nós não estávamos sozinhas!!"
Kátyna Baí
Religiosa, Katyna conta que lê o salmo há anos todos os dias e que ele é "um escudo" para ela.
Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia, nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido".
Kátyna Baí
As duas, que foram detidas sem provas após as malas que carregavam terem sido trocadas por outras cheias de cocaína, também descrevem detalhes da convivência na prisão.
Kátyna lamenta ser muito difícil estar em um ambiente com pessoas que cometeram crimes.
Embora seja um presídio seguro, estar entre assassinas, traficantes, incendiárias, assassinas em série, pedófilas, entre outras, não é fácil. São vidas e visões completamente diferentes das nossas. Estamos em um lugar que, definitivamente, eu não tinha condições emocionais para ficar. Mas a minha fé, sede por justiça, geram em mim uma estrutura blindada para que mesmo aqui eu consiga me permitir ter autocontrole, reflexão e força para seguir adiante."
Kátyna Baí
No fim da carta, com data de 23 de março de 2023, ela agradece o empenho da irmã, a quem considera "um anjo".
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