Presos com bebê desaparecido se conheceram em grupo de adoção, diz PM
O policial militar responsável pela prisão ontem das duas pessoas por suspeita de tráfico de pessoas em São Paulo por estarem com um bebê de 2 anos trazido de Santa Catarina disse que a mulher afirmou que queria adotar a criança. Os suspeitos teriam se conhecido em um grupo de interessados em adoção.
O que aconteceu
Os policiais receberam a informação do desaparecimento de uma criança em Santa Catarina e os dados do veículo dos suspeitos. Foi utilizado um sistema de monitoramento que localizou o carro na zona leste da capital.
Roberta Porfírio era proprietária do veículo e estava no banco de trás com a criança, de acordo com a PM. Marcelo Valverde, que também foi preso, estava na direção. Os dois se apresentaram como conhecidos e depois disseram que são casados com outras pessoas.
Segundo a PM, o homem disse ter feito a intermediação entre a mãe do bebê e a mulher. Ele já tinha passagem pela polícia por lesão corporal.
A intermediação teria sido feita após contato entre os dois suspeitos presos em um grupo de pessoas interessadas em adoção de crianças.
Além de afirmar que queria fazer a adoção, a mulher que estava no carro apresentou a certidão de nascimento original da criança. Ela teria contato que iria ao fórum para legalizar a situação.
A polícia paulista ainda não sabe se a suposta adoção envolveu algum tipo de transação financeira. De acordo com a PM, as informações sobre o sumiço da criança estão desencontradas —não se sabe se a mãe teria dado ou vendido o bebê. A investigação deve esclarecer esses detalhes.
A mulher tinha a certidão original da criança. Ela falou que era a responsável [pelo bebê] e que tentaria a adoção.
Ela disse que conheceu o homem [também preso] em reuniões de pessoas que querem adotar crianças. Ele intermediou a conversa entre a mulher e a mãe do bebê. Aí, ela fez a viagem para Santa Catarina para ficar com a criança.
Marcio Roberto dos Santos Severino, sargento da PM
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