Topo

Esse conteúdo é antigo

Operação em 13 estados prende três lideranças do PCC e uma do CV, diz MP

Megaoperação contra facções criminosas cumpre mais de 200 mandados de prisão  - Divulgação
Megaoperação contra facções criminosas cumpre mais de 200 mandados de prisão Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

10/05/2023 11h02Atualizada em 10/05/2023 19h01

Três lideranças do PCC e uma do Comando Vermelho foram presas hoje em uma megaoperação em 13 estados. A ação foi organizada pelo Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado, que reúne diferentes Ministérios Públicos no Brasil.

O que aconteceu

Dois dos presos agem no PCC do Espírito Santo com interlocução com os chefes da facção em São Paulo. Um deles é conhecido como Chapolin e foi capturado hoje de manhã na capital paulista.

A ação também cumpriu um mandado de prisão de uma liderança do PCC que já estava atrás das grades. O traficante, que chefia a facção criminosa no Paraná, está detido em um presídio em São Vicente (SP).

Também foi presa uma mulher identificada pelo apelido Cruella, apontada como chefedo Comando Vermelho no Pará. Uma outra mulher foi presa no Espírito Santo. Segundo o MP, ela atua em uma ONG ligada aos direitos dos presos e seria ligada ao PCC. Os nomes completos dos presos não foram divulgados.

No total, foram 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

O objetivo da ação integrada é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetuar prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público brasileiro.
Nota divulgada pelo MP-SP

Balanço parcial da operação

Ao menos 159 pessoas foram presas até o início da noite de hoje. Há detidos nos estados de Goiás, Rondônia, Acre, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Pará e Ceará.

Facções enviavam "milhares de quilos de maconha e cocaína" para Minas Gerais, segundo as investigações.

Mais de mil agentes atuam na ação: são efetivos das polícias Civil (PC), Militar (PM), Penal e Rodoviária Federal (PRF). Também operam 43 promotores de Justiça e 40 servidores dos Gaeco's (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) dos MPs.

O que mais se sabe

Algumas lideranças estão sendo detidas. Foram apreendidas drogas, valores expressivos em dinheiro e armas. Entre elas, pistolas semiautomáticas que acreditamos que possam ajudar a esclarecer crimes. [A apreensão de] computadores e documentos podem alimentar ações futuras em todo o Brasil.
Mario Sarrubbo, procurador-geral do MPSP e coordenador do Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado

A organização criminosa utilizava rotas que dificultavam a fiscalização policial, bem como realizava o transporte das substâncias entorpecentes em carros de luxo e adulterados [clone], que vinham escoltados, com o fim de dificultar a ação das forças de segurança pública.
Nota do MP de Minas Gerais