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36 cisnes morrem e reserva é interditada devido à gripe aviária

Cisnes mortos na Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul - Divulgação/Taim
Cisnes mortos na Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul Imagem: Divulgação/Taim

Do UOL, em São Paulo

29/05/2023 22h59

A Estação Ecológica do Taim, localizada no Rio Grande do Sul, foi interditada por suspeita de gripe aviária após 36 cisnes terem sido encontrados mortos no local.

O que aconteceu:

O Mapa (Ministério da Agricultura e da Pecuária) confirmou, na noite hoje, que o vírus identificado nas aves marinhas é o primeiro foco de gripe aviária do Rio Grande do Sul. Os animais são da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto.

Não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo, informou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS.

Por precaução, desde sexta-feira (28), não é permitida a entrada de pesquisadores ou visitantes na Estação Ecológica do Taim, já que o contato com animais contaminados ou mortos é um risco a saúde de seres humanos. A administração do local é realizada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

Os animais foram recolhidos de um lago já sem vida durante trabalhos de rotina da equipe local. Os primeiros casos de gripe aviária em aves foram registrados no Espírito Santo no dia 15 de maio — os cisnes foram encontrados sem vida no dia 24.

Por nota, o ICMBio informou que as amostras colhidas foram analisadas e o caso foi notificado ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres e ao Mapa.

Casos de gripe aviária

O Mapa decretou estado de emergência zoossanitária no país por 180 dias diante do avanço do número de casos de influenza aviária. A decisão foi oficializada em edição extra do Diário Oficial publicada na última segunda-feira (22).

Segundo a pasta, são 13 ocorrências no total, todos em aves silvestres. São nove no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma; três casos no Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

O ministério informa ainda que segue em alerta e que, com a intensificação das ações de vigilância, é "comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil". A pasta reforça, ainda, que o Brasil continua livre de influenza aviária em criações comerciais e que mantém seu status de livre da doença

Não há casos confirmados em humanos no Brasil. As pessoas que tiveram contato com as aves testaram negativo para o vírus.

A contaminação em humanos já ocorreu em outros países do mundo. É motivo de preocupação no planeta desde pelo menos o início do ano.