Jovem que gravou alunas é solto e proibido de usar banheiro da faculdade
O estudante Gabriel Valareto, 20, indiciado por gravar alunas no banheiro na Universidade Anhembi Morumbi em São Paulo, foi solto hoje após audiência de custódia.
O que aconteceu:
A Justiça de São Paulo concedeu a liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares que o indiciado deve cumprir.
O jovem foi liberado após pagar fiança no valor de dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640.
Ele foi proibido de frequentar o banheiro compartilhado "Para Todos" da Universidade Anhembi Morumbi, campus Mooca, "caso a instituição lhe permita continuar a frequentar o curso". Ele foi flagrado registrando as cenas neste local. Procurada, a instituição não respondeu se o estudante de quiropraxia continuará na instituição.
As medidas também incluem: comparecimento a cada dois meses para informar e justificar suas atividades; obrigação de manter o endereço atualizado na vara competente — inclusive em caso de alteração; e proibição de viajar para locais fora da comarca por mais de oito dias sem comunicar à Justiça.
O jovem não poderá manter nenhum tipo de contato com as vítimas, por qualquer meio de comunicação e mesmo por intermédio de terceiros, sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.
Ao UOL, a defesa de Gabriel, representada pela advogada Camila Casco, comemorou a soltura do cliente e afirmou que "seguirá aguardando a conclusão da perícia a ser realizada no aparelho de celular [dele], bem como as demais questões processuais". "A defesa seguirá comprometida com a verdade, e o esclarecimento dos fatos", concluiu.
Entenda o caso:
A amiga de uma das vítimas, que a esperava dentro do banheiro de uso compartilhado, percebeu uma mão com um celular apontado para o box da jovem e confrontou o suspeito, segundo ocorrência registrada pela Polícia Civil.
Gabriel Valareto negou que estivesse gravando a vítima, mas, após tomarem o celular da mão dele, as jovens perceberam que ele tinha diversos vídeos de partes íntimas de pelo menos 15 mulheres dentro dos boxes da instituição, segundo a TV Globo.
Minha amiga se deparou com o celular atrás do vaso, por baixo da outra cabine, me filmando por trás. Se eu estivesse sozinha, jamais teria visto a câmera. Ela perguntou para ele por que ele estava fazendo aquilo. Ele escondeu o celular no bolso, ela pediu que ele apagasse as fotos. Fiquei muito nervosa, não conseguia falar nada, só conseguia chorar".
Vítima, em entrevista à TV Globo
Universidade diz que repudia o caso
Em nota, a Universidade Anhembi Morumbi afirmou repudiar "toda e qualquer conduta contrária às normas legais e da própria Instituição".
A instituição informou estar adotando as providências cabíveis internamente e junto às autoridades competentes, além de se colocar à disposição para contribuir com a apuração dos fatos.
A Instituição se solidariza com a vítima e informa que tem prestado toda a assistência necessária para que ela possa se restabelecer o mais rápido possível, retomando integralmente as atividades acadêmicas. Por fim, a Instituição reafirma seu comprometimento em acompanhar o caso e seus desdobramentos".
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