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Após ciclone, Rio Grande do Sul tem 11 mortos e 15 desaparecidos

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

17/06/2023 10h48Atualizada em 18/06/2023 07h13

Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 15 seguem desaparecidas após a passagem de um ciclone extratropical pelo estado do Rio Grande do Sul. As informações foram confirmadas pela Defesa Civil gaúcha neste sábado.

O que aconteceu?

O número de óbitos subiu para 11 neste sábado, segundo a Defesa Civil. Até o momento, o total de mortes por município é:

  • Maquiné: 3 mortes
  • São Leopoldo: 2 mortes
  • Novo Hamburgo: 1 morte
  • Caraá: 1 morte
  • Gravataí: 1 morte
  • Bom Princípio: 1 morte
  • São Sebastião do Caí: 1 morte
  • Esteio: 1 morte
casa. ciclone, caraá - Divulgação/Governo do Estado do RS - Divulgação/Governo do Estado do RS
17.jun.2023 - Casas afetadas por ciclone na cidade de Caraá (RS).
Imagem: Divulgação/Governo do Estado do RS

O balanço de desaparecidos está em 15 pessoas até o momento, de acordo com a Defesa Civil.

Há mais de 2.300 mil desabrigados e 600 desalojados em 41 municípios afetados. Segundo a Defesa Civil, o governo começou a enviar cestas básicas "para apoio imediato à população".

Apesar dos termos serem similares, há diferença entre desabrigados e desalojados: quem está desabrigado teve a residência afetada por algum dano ou ameaça e precisa que o governo lhe dê um abrigo, enquanto quem está desalojado só precisou abandonar temporariamente sua casa após alguma evacuação preventiva, sem necessidade de abrigo.

Bombeiros trabalharam durante a madrugada para ajudar atingidos por ciclone no RS - Dilvulgação/CBMRS - Dilvulgação/CBMRS
Bombeiros trabalharam durante a madrugada para ajudar atingidos por ciclone no RS
Imagem: Dilvulgação/CBMRS

Autoridades sobrevoam região e anunciam medidas

O governador Eduardo Leite (PSDB) e ministros do governo Lula se reuniram na manhã de sábado e sobrevoaram as regiões mais afetadas pelo ciclone. As imagens foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação do governo federal.

Lula conversou com Eduardo Leite e diz que governo está "à disposição". O governador compartilhou um trecho de uma ligação entre ambos, mas não detalhou se já foi acordado algum tipo de recurso para o Rio Grande do Sul.

O governador afirmou que "o momento é de localizar desaparecidos". Leite disse que o governo vai monitorar escolas e equipamentos públicos comprometidos para evitar que crianças fiquem sem aulas.

"É um pesadelo o que estamos vivendo", afirmou o prefeito de Caraá, Magdiel Silva (PSDB). "A gente vai precisar muito da ajuda do governo federal e do estado, sabemos que a comunidade vai nos ajudar a construir novamente", falou ao Jornal Nacional, da Rede Globo.

Leite afirmou que entre as medidas de resgate, estão o apoio aéreo, mobilização de trilheiros para acessar comunidades isoladas e retirada de famílias de locais de risco. Ele disse ainda que alertas foram emitidos e pediu que a população se cadastre no sistema do governo do estado para receber avisos da Defesa Civil. Uma das formas é enviar o CEP como mensagem de texto para o número 40199.

Ele também anunciou que irá a Brasília nesta semana para buscar apoio aos municípios atingidos. "Na segunda-feira, reunirei o nosso time de secretários para alinhamento das ações do governo daqui por diante. Irei a Brasília nesta semana para intensificar as articulações por apoio aos municípios junto ao governo federal"

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, informou que na segunda-feira (19), equipes da Defesa Civil estarão nos municípios atingidos. Ele disse ainda que assim que os planos de reconstrução estiverem prontos, os recursos poderão ser liberados. "O recurso será liberado mediante apresentação de plano de trabalho, não existe [valor] máximo ou mínimo."

Em coletiva com o ministro Paulo Pimenta, Leite ressaltou a "enorme solidariedade das pessoas" que estão abrigando outras e fazendo doações e falou da disposição "do governo federal, os ministros e o presidente Lula, para enfrentar esse momento difícil".

Pimenta também comentou que a orientação do presidente Lula é que se "dê todo o suporte e apoio aos estados e municípios para ter essa resposta rápida do governo federal."

Bombeiros precisaram de barcos para se locomover nas ruas alagadas após passagem de ciclone, no RS - Divulgação/CBMRS - Divulgação/CBMRS
Bombeiros precisaram de barcos para se locomover nas ruas alagadas após passagem de ciclone, no RS
Imagem: Divulgação/CBMRS