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Atirador do PR afirmou que outra pessoa 'mentalizou' o ataque, diz advogado

Policiais em frente à escola estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR), após ataque a tiros - Silvano Brito
Policiais em frente à escola estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR), após ataque a tiros Imagem: Silvano Brito

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 17h42

O advogado Marcelo Gaya, que assumiu a defesa do autor do ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR), revelou que o atirador teria dito que outra pessoa "mentalizou" o crime.

O que aconteceu:

Gaya contou que o atirador fez a revelação durante audiência de custódia. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Bandeirantes. "Não tive condições de entrar no mérito ou na motivação, mas que tinha um outro sujeito mentalizando a ação, isso é certo, ele me confidenciou", disse o advogado. O atirador foi encontrado morto na noite de ontem, na prisão.

O advogado relatou que o autor dos disparos estava preso com outro indivíduo na mesma cela, mas que não seria esse o mentor do ataque. Um homem de 21 anos foi preso ontem suspeito de participar do ataque contra a escola.

Ele também destacou que está com um diário do atirador, e que ele usava medicamentos controlados desde a infância. "Ele falou que tentou suicídio no local do crime, mas que a arma falhou. E disse também que queria se vingar do sofrimento causado pela escola e pelo Estado".

Relembre o caso

O homem de 21 anos foi preso na segunda-feira (19) após disparar pelo menos 16 vezes dentro do colégio estadual Professora Helena Kolody. Ele era ex-aluno da instituição e entrou na escola armado por volta das 9h30, alegando que solicitaria histórico escolar.

Após fazer os disparos, ele foi imobilizado por um homem que trabalhava ao lado da escola e se passou por policial.

À polícia, ele afirmou que não conhecia as vítimas e que planejava o crime há quatro anos após, supostamente, ter sido vítima de bullying na instituição no ano de 2014.

O atirador também alegou ser neuroatípico e sofrer de esquizofrenia, o que ainda era averiguado pela polícia.

O autor do crime também tinha um histórico de violência e foi denunciado por tentativa de homicídio no ano passado, após entrar em uma escola de Rolândia (PR) com uma faca e fugir do local antes da chegada da polícia.