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Afegãos que estão no aeroporto de Guarulhos irão para hotéis, diz governo

Número de refugiados no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) passa de 200 - Rovena Rosa/Agência Brasil
Número de refugiados no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) passa de 200 Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

29/06/2023 12h58Atualizada em 29/06/2023 16h50

O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que os afegãos que estão no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, poderão ser acolhidos em hotéis.

O que aconteceu?

A ação será provisória, enquanto o governo federal busca uma solução definitiva para a questão, segundo o ministro. Detalhes sobre a ação, para que hotéis vão, por quanto tempo serão abrigados nesses locais, ainda não foram divulgadas. O UOL tenta contato com o Ministério da Justiça.

Ao menos 121 refugiados afegãos estão no aeroporto, segundo a última contagem, realizada na quarta-feira (28).

Guarulhos possui atualmente 177 vagas para acolhimento de migrantes e refugiados, sendo 127 geridas pela prefeitura e 50 pelo governo do estado. No entanto, todas estão ocupadas, segundo a administração municipal.

A nossa preocupação é garantir condições adequadas para o enfrentamento desta crise. Nós definimos uma ação emergencial do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Essas pessoas vão ter a possibilidade de ser adequadamente acolhidas em hotéis, não só em Guarulhos, mas em outras cidades, até que se estruture uma política definitiva para dar conta desse grave problema
Ministro Flávio Dino

No acampamento improvisado, ao menos 20 refugiados afegãos foram diagnosticados com escabiose, mais conhecida como sarna humana. A informação é do Coletivo Frente Afegã, que vem acompanhando a situação.

A sarna humana é causada pelo ácaro parasita Sarcoptes scabiei, que pode ser transmitido pelo contato com uma pessoa infectada ou por meio de roupas contaminadas. A prefeitura de Guarulhos informou que distribuiu medicamentos orais para tratamento.

Pomadas ou sabonetes com formulações que sejam capazes de eliminar o ácaro e os ovos do ácaro, além de outras medidas de higiene, são essenciais para o tratamento e prevenção.

Mas, no caso do aeroporto, os refugiados estão com acesso limitado a banheiros, fazendo com que muitas pessoas fiquem dias sem tomar banho.