Tiro que matou cigana na Bahia foi acidental, conclui investigação
A investigação sobre a morte da cigana Hyara Flor Santos Alves atribuiu o episódio a um tiro acidental desferido pelo irmão do companheiro da vítima, de nove anos. A conclusão do inquérito policial foi apresentada na manhã desta sexta-feira (11).
O que aconteceu
De acordo com a Polícia Civil, ela e o menino brincavam com a arma no momento do acidente. A criança empunhava o revólver na direção de Hyara, quando disparou acidentalmente.
O revólver, de acordo com a investigação, pertencia à sogra de Hyara. Ela responderá por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo.
A nova versão apresentada pelas autoridades descarta hipóteses que apontavam desavenças familiares ou feminicídio. "Perícias técnicas e oitivas de testemunhas não corroboram elementos de prova que sugeriam outras motivações como traição ou femincídio", destacou o delegado Paulo Henrique de Oliveira, coordenador da 23a Coorpin/Eunápolis.
A investigação também rejeitou a possibilidade que Hyara fosse vítima de violência doméstica, conforme apontava a família da jovem. Para isso, os investigadores consideraram as evidências apresentadas pelo laudo da necropsia, que o levaram a rejeitar eventual participação do marido no ocorrido.
Já o tio da vítima foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes. O menino não responderá pelo crime, uma vez que não há processamento e julgamento penal de crianças com menos de 12 anos.
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