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Caso Heloísa: PRF diz que policiais foram até hospital para 'apoio'

Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi baleada em ação da PRF Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

19/09/2023 11h38Atualizada em 20/09/2023 15h38

A PRF afirmou que enviou agentes ao hospital no qual Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, estava internada para "apoio". A justificativa veio após a tia da menina dizer que mais de 20 policiais estiveram no local. A criança morreu após ser baleada durante ação da Polícia Rodoviária Federal.

O que aconteceu

A Polícia Rodoviária Federal disse que "viaturas operacionais" estiveram no hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes na noite da ocorrência "para apoio, ante a comoção popular e a possibilidade de agressão aos policiais envolvidos na ocorrência".

"No mais, informamos que eventuais condutas individuais de servidores farão parte de investigação interna que será devidamente compartilhada com o órgão responsável pela investigação criminal", finaliza a nota da PRF.

A tia da menina relatou a visita de 28 agentes da PRF e que um desses policiais a intimidou, mostrando um projétil do fuzil que teria sido utilizado no crime. A informação consta no pedido de prisão dos policiais rodoviários envolvidos no crime, que o MPF enviou à Justiça, e a GloboNews teve acesso.

Heloísa precisou passar por cirurgia, ficou nove dias internada em "estado gravíssimo" no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O tiro acertou a cabeça e a coluna da criança, que morreu por "lesão transfixante de encéfalo por projétil de arma de fogo", segundo apontou o laudo do IML (Instituto Médico Legal).

Policiais vão responder em liberdade

A Justiça negou o pedido de prisão preventiva dos policiais envolvidos na ação. Os agentes responderão em liberdade, mas devem usar tornozeleira eletrônica, decidiu juiz da 1ª Vara Federal no Rio de Janeiro.

Três agentes participaram da abordagem: Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro, Wesley Santos da Silva e Fabiano Menacho Ferreira — que assumiu a autoria dos disparos.

A decisão revoltou o pai da menina, que disse que "quem tirou a vida dela tem que pagar". Nas redes sociais, Willian Silva ressaltou que a responsabilização dos agentes é "o mínimo que se exige" neste caso, já que "nada trará a vida da minha filha de volta".

Era para a minha filha estar em casa comigo agora brincando, essa atitude covarde fez com que perdemos [perdêssemos] nossa filha. A prisão é o mínimo que se espera
Willian Silva, pai de Heloísa

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