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Tarcísio fala em revisar protocolos da PM após 6 dias da morte de torcedor

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou no sábado (30), em entrevista à Rádio CBN, que vai ajustar os protocolos da PM para o uso de armas não letais. Segundo ele, a medida será tomada após o episódio que terminou com a morte de um torcedor são-paulino na final da Copa do Brasil.

O que aconteceu

Tarcísio classificou o ocorrido como um acidente e disse que o caso vai ser "completamente investigado". "A gente lamenta profundamente esse tipo de ocorrência. Era um dia de festa, não é para a gente estar lamentando a morte de ninguém. É muito triste que isso aconteça. E obviamente isso implica em reanálise, revisão e ajuste", afirmou o governador.

Rafael dos Santos Tercilio Garcia, torcedor do São Paulo morto nos arredores do Morumbi durante a comemoração do título da Copa do Brasil sobre o Flamengo, foi vítima de um ferimento no crânio causado por arma de fogo, segundo declaração de óbito.

Ele tinha 32 anos e foi encontrado caído após um confronto entre torcedores e policiais do Batalhão de Choque. O são-paulino chegou a ser levado para o Pronto Socorro Campo Limpo, mas não resistiu.

Munição 'bean bag' atingiu torcedor do São Paulo

Um novo tipo de munição adotado pela PM de São Paulo em substituição às balas de borracha, com a justificativa de trazer menor letalidade, atingiu o torcedor do São Paulo na final da Copa do Brasil.

A corporação está realizando a troca gradual das balas de borracha pelos BBs (bean bags), expressão em inglês que significa sacos de feijão, alegando a existência de estudos comprovando o risco menor de mortes e ferimentos causados pelo novo armamento.

Segundo comunicado enviado pela PM à reportagem em julho passado, esse tipo de munição é projetado para se alastrar ao atingir o alvo, minimizando o risco de penetração em tecidos moles "e configura um propelente (impulsor) moderno, com mais precisão, maleável e moldável, adaptando-se a diferentes plataformas de armas utilizadas, como a espingarda calibre 12".

A Polícia Militar paulista cita estudos acadêmicos de laboratórios e institutos, como os publicados pela N.I.J. (National Institute of Justice), nos EUA, que apontam as vantagens de trocar balas de borracha pelos BBs.

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