Exército diz não saber se fuzil apreendido hoje foi desviado de seu arsenal

O Exército afirmou não saber se o fuzil 7.62 apreendido na madrugada de hoje no Rio de Janeiro com outras duas metralhadoras calibre .50 desviadas de São Paulo pertence ao arsenal das Forças Armadas.

O que disse o Exército

Com a apreensão desta quarta, 19 das 21 armas desviadas do Arsenal de Guerra de Barueri (SP) entre 6 e 8 de setembro foram recuperadas. O extravio foi detectado no dia 10 de outubro.

O fuzil é de origem belga, teve numeração raspada e estava a inoperante, disse o Exército em coletiva concedida à tarde no Comando Militar do Sudeste, na capital paulista. "A origem desse fuzil está sendo investigada", disse o general de brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste.

Ao todo, 19 militares foram presos administrativamente. "Houve furto com participação direta ou indireta de militares do quartel. Os detalhes sobre como o armamento foi desviados ainda estão sendo investigados", disse o general.

As armas desviadas estavam em uma reserva de materiais inservíveis, segundo o Exército. "A recuperação dessas armas não é econômica. O destino é a destruição desse armamento. Se para o crime valeria a pena fazer a manutenção, isso eu não posso garantir", disse o general Mauricio Vieira Gama.

O Exército afirma ainda analisar imagens de câmeras de segurança e digitais para apurar a responsabilidade dos envolvidos. Mas admite que a demora para a descoberta do desvio impediu o armazenamento integral do vídeo

O foco do inquérito é o furto do arsenal. Esse episódio envolve quem furtou a arma do quartel, quem recebeu e os destinatários finais. Vamos chegar em todos os responsáveis.
General Mauricio Vieira Gama

Suspeito de negociar armas com tráfico é alvo de buscas

O Exército cumpriu hoje de manhã mandado de busca e apreensão na casa de um suspeito de intermediar para o tráfico a compra das armas desviadas do Exército. Os militares apreenderam computador e celulares na casa de Messias Barbosa de Pádua, 60, na Vila Galvão, em Guarulhos (SP).

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Messias tem envolvimento com o crime organizado, segundo a polícia. De acordo Josmar Jozino, colunista do UOL, Ele chegou a ser preso preventivamente por tráfico de drogas em maio de 2020. A reportagem não localizou a defesa.

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