Exército encontra no Rio mais duas metralhadoras furtadas de quartel de SP
Mais duas metralhadoras furtadas de um quartel do Exército em Barueri (SP) foram recuperadas hoje.
O que aconteceu:
Duas metralhadoras calibre .50 foram encontradas na madrugada de hoje no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Comando Militar do Sudeste.
As armas estavam dentro de um carro estacionado na avenida Lúcio Costa. Segundo o Exército, há suspeita de que o veículo servia como fornecedor para a facção Comando Vermelho. Ninguém foi preso na ação.
As armas foram furtadas do arsenal de guerra de Barueri, em São Paulo, em setembro. Foram recuperadas 19 das 21 metralhadoras roubadas.
A operação também encontrou um fuzil calibre 7,62, mas a origem do armamento ainda será investigada. A ação foi realizada pelo Exército e Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O Exército considera o episódio inaceitável e seguirá realizando todos os esforços necessários para recuperação de todo o armamento no mais curto prazo e a responsabilização de todos os autores.
Nota do Comando Militar do Sudeste
Na manhã de hoje, policiais fazem buscas no Jardim Vila Galvão, em Guarulhos, para recolher materiais que podem ajudar a encontrar as duas armas que faltam. A operação é feita pela Polícia do Exército e PM de São Paulo.
A comunidade Vila Galvão também foi alvo de uma operação ontem. Os policiais acreditavam que as metralhadoras estavam escondidas na região. Nada foi encontrado.
Relembre o caso
A suspeita é que 13 metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62 foram furtadas do arsenal de guerra em Barueri no dia 7 de setembro, quando foram desativadas as câmeras de segurança.
O sumiço só foi notado mais de um mês depois, em 10 de outubro.
A Secretaria de Segurança do governo paulista informou que as armas foram encontradas quando "estavam sendo negociadas nas duas principais facções do crime organizado do país, "o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio.
O comando do Exército trocou o diretor do arsenal de guerra de São Paulo, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União. Para o posto, foi nomeado o coronel Mário Victor Vargas Júnior.
Militares na mira
Até agora três militares são suspeitos de envolvimento no crime. Caso seja comprovada a participação, eles serão processados por furto e associação à organização criminosa e deverão responder também a processo administrativo, cuja punição é a expulsão do Exército.
O furto e roubo de armas em unidades do Exército são recorrentes. Integrantes do PCC, com ajuda de militares, já levaram fuzis e munição de quartéis de São Paulo. O maior roubo até então —antes de Barueri —havia acontecido no 6º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava, no Vale do Paraíba. Foi em março de 2009. Ladrões levaram sete fuzis calibre 7,62. Os criminosos foram presos e as armas recuperadas.
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