Polícia reforça segurança em comunidades judaicas e palestinas de São Paulo
![Entrega de carros da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1º Batalhão de Policiamento de Choque da PM, no centro de São Paulo Entrega de carros da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1º Batalhão de Policiamento de Choque da PM, no centro de São Paulo](https://conteudo.imguol.com.br/2015/03/19/entrega-dos-novos-carros-da-rota-rondas-ostensivas-tobias-de-aguiar-do-1-batalhao-de-policiamento-de-choque-da-policia-militar-na-sede-da-corporacao-na-regiao-central-de-sao-paulo-sp-1426779017799_900x506.jpg)
A Polícia Militar afirmou que intensificou o policiamento nas comunidades judaico-israelenses e palestinas de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. A pasta, porém, não deu detalhes sobre como ocorrerão as ações.
O que aconteceu
A medida visa garantir a segurança das comunidades localizadas em São Paulo em meio ao acirramento do conflito entre Israel e Hamas. "Esta ação tem como objetivo garantir a segurança e tranquilidade dessas comunidades, promovendo um ambiente seguro para todos os residentes", afirmou a secretaria.
A secretaria disse ainda que a Polícia Militar realiza as operações Impacto, Visibilidade, Saturação e Pinçamento. Segundo a pasta, a presença policial em áreas de intensa movimentação está reforçada.
Prisões de suspeitos de envolvimento em atos extremistas
A Polícia Federal prendeu na semana passada duas pessoas durante uma operação contra planejamento de atos extremistas no Brasil. Segundo a PF, brasileiros foram recrutados pelo Hezbollah e eram financiados pela organização.
As duas prisões temporárias foram em São Paulo. Segundo a PF, também foram cumpridos mais 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal.
Há outros dois brasileiros alvos de pedido de prisão que estão no Líbano — a PF acionou a Interpol para tentar prendê-los. Os dois foram incluídos na lista vermelha da Polícia Internacional após a operação ser deflagrada hoje no Brasil
A ação da PF mirou pessoas suspeitas de atuar como recrutadores de brasileiros.
Segundo apurou UOL, a investigação da PF apontou que o objetivo do grupo era atacar prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas. Os alvos podem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo.
O que dizem os representantes das comunidades
Há um processo continuado de Islamofobia no Brasil, segundo o presidente da Federação Árabe Palestina no Brasil, Ualid Rabah. "O que aumentou foi o grau de violência verbal daqueles que já são islamofóbicos, palestinofóbicos, arabofóbicos. Também aumentaram as ameaças nas redes sociais provocadas por setores extremistas."
Rabah condenou a criminalização de comunidades árabes e palestinas no Brasil. "A invenção de que há movimentos terroristas aqui no Brasil não passa de uma armação que visou criminalizar comunidades árabes."
Quem está promovendo, por ventura, perigos para a comunidade judaica não são os palestinos, brasileiros palestinos, nem árabes, menos ainda os muçulmanos.
Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil
O UOL procurou a Federação Israelita do Estado de São Paulo e o Consulado de Israel para comentar as ações da Polícia Militar, mas não obteve retorno.
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