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Presidente da Enel diz que se expressou mal ao falar que não se desculparia

O presidente nacional da Enel, Nicola Cotugno, afirmou hoje na CPI da Enel, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), que se expressou mal ao escrever em artigo na Folha de S.Paulo que não se desculparia pelo apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e região metropolitana.

O que aconteceu

CPI da Enel na Alesp ouve o presidente nacional da empresa, Nicola Cotugno
CPI da Enel na Alesp ouve o presidente nacional da empresa, Nicola Cotugno Imagem: Wanderley Preite Sobrinho - 16.nov.2023/UOL

"Evidentemente não me expressei bem [no artigo], queria confirmar essa desculpa minha total porque é o que sinto e comunicamos em todas as entrevistas que seguiram àquele artigo", disse. "Essa era a coisa mais importante, solidariedade e empatia."

Ele disse que a mensagem é muito clara: "Não usamos o vento como desculpa, as árvores como desculpa. Estou aqui não para pedir desculpas, mas para contar o que aconteceu", disse. Em seguida, formalizou o pedido de desculpa:

Eu peço desculpas, a empresa pede desculpas, todos os funcionários pedem desculpas.
Nicola Cotugno

Por se tratar de uma convocação, o executivo da multinacional italiana foi obrigado a comparecer. Se houvesse recusa, ele poderia ser levado à Alesp de forma coercitiva.

Enel em São Paulo

Na terça (14), quem falou à CPI foi o presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins. Na ocasião, ele pediu desculpas à sociedade, mas disse que ainda "não tem definido" o ressarcimento à população que ficou sem energia elétrica na semana passada.

De acordo com Lins, existem "dois ressarcimentos por aspectos elétricos". "Primeiro por danos a equipamentos eletroeletrônicos", disse. A resolução 1.000 da Enel, exigiria um rito para avaliação dos estragos. "Nós decidimos nos antecipar e já estamos recepcionando [os equipamentos afetados]".

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"Há um outro tipo de compensação", continuou. "Quando um cliente individualmente residencial ou comercial fica sem energia, o procedimento da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] prevê compensações mediante metodologia da Aneel para operacionalizar isso".

Ele afirmou, porém, que "não está previsto ressarcimento para danos por perdas de alimento", por exemplo. "Não está regulamentado, mas foi um evento grave e sabemos que impactou 2,1 milhões de clientes", disse.

Pretendemos muito em breve ter um posicionamento visando atender essas necessidades de melhor forma. O que será ainda não temos definido, mas estamos sensíveis e pretendemos [fazer].
Max Xavier Lins, presidente da Enel SP

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