Bispo preso por suspeita de matar Sara Mariano era amigo da cantora; veja
Colaboração para o UOL, em São Paulo
17/11/2023 17h25
O líder religioso Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque, preso por suspeita de participação no assassinato de Sara Mariano, interagia com a cantora nas redes sociais.
O que aconteceu
O bispo Zadoque foi preso na terça-feira (14). De acordo com a Polícia Civil da Bahia, ele teria participado da logística e da execução do crime. O líder religioso também é suspeito de ajudar a botar fogo corpo de Sara, em uma tentativa de apagar provas.
Sara e Zadoque costumavam interagir nas redes sociais, e a cantora se referia ao bispo de forma elogiosa, chamando-o de "amigo" e convidando-o para ir à sua casa.
"Sou fã de Deus em sua vida, amigo. Amo você. Canta muito para a glória de Deus", escreveu Sara em uma postagem de Zadoque no Instagram. O bispo respondeu: "É sempre uma honra receber um comentário seu por aqui".
Em outra interação, foi o bispo quem comentou um post de Sara para elogiá-la. "Sou aprendiz perto de vossa senhoria", escreveu. "Você é mestre", afirmou a cantora.
Nas interações, Sara chegou a cobrar visita do bispo. "Você é muito querido por nossa família, só está nos devendo sua visita aqui, comer um cuscuz temperado". O bispo respondeu com emojis de coração.
Zadoque tem cerca de 10 mil seguidores no Instagram, plataforma em que se apresenta como "um mordomo a serviço do céu".
Relembre o caso
O marido de Sara, Ederlan Mariano, foi preso no final de outubro. A Polícia Civil da Bahia chegou a informar que ele teria confessado ser o mandante do assassinato, mas a defesa negou e disse que ele se declara inocente.
O marido da vítima teve a prisão decretada e cumprida, após a investigação apontá-lo como autor do delito. Em seguida, ele confessou o crime.
Polícia Civil, em nota
O corpo da pastora foi encontrado na BA-093, na região de Dias D'ávila, a 54 km de Salvador. Carbonizado, o cadáver estava em uma região de mata, ao lado da pista.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.