Larvas famintas: por que mosca de 7 mm colocou 4 estados em emergência
A presença descontrolada da mosca-da-carambola, um inseto que pode devastar plantações de frutas, arrisca gerar ao Brasil um prejuízo de R$ 400 milhões por ano às exportações, segundo estimativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária).
O que aconteceu?
4 estados em emergência. O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou emergência fitossanitária no Amapá, Amazonas, Pará e Roraima em 13 de novembro.
Foi detectada a presença da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae). A medida vale por um ano e foi tomada para impedir a espécie de se espalhar para outros estados.
A pequena praga mede 7 mm. Esse tipo de mosca possui o tórax preto e abdômen preto e amarelo
Mosca apodrece frutos. Ao comer um fruto, a mosca deposita larvas que se tornam hospedeiras e aceleram o processo de amadurecimento e queda do fruto já estragado, tornando-o inviável para o consumo humano.
Frutas de grande consumo em risco. Além da carambola, praga pode atacar outras frutas, como goiaba, manga, jambo, acerola, tangerina e laranja.
Afeta as exportações. Estudo da Embrapa estima perdas anuais em torno de R$ 400 milhões anuais, caso a venda ao exterior de manga, laranja e goiaba sejam suspensas devido à praga.
O que é emergência fitossanitária? Na prática, ela permite ações específicas em pomares comerciais e áreas de ocorrência de frutos hospedeiros, locais de comercialização, transporte de cargas e bagagens de passageiros.
Orientação à população: evitar colher e transportar frutos do chão de áreas de ocorrência da espécie.
A declaração de emergência aconteceu porque o risco de dispersão para outros estados aumentou consideravelmente. Como é uma mosca de fruta, ela vai acompanhando a circulação do ser humano pelo país. Ela pode estar numa manga e a pessoa carregar sem saber. Essa circulação interna é uma das questões, a outra foi o aumento recente de imigrantes da Venezuela, Guiana e Suriname, países onde há muita ocorrência da mosca.
Graciane Castro, coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura e da Pecuária, segundo o jornal O Globo.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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